sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Unidade 1 - Pesquisa e comunicação (Google para Educação)

‘Ensino híbrido é o único jeito de transformar a educação’

‘Ensino híbrido é o único jeito de transformar a educação’

Michael Horn explica como foi a construção do conceito e diz por que considera o blended learning a solução para grandes redes
Na primeira vez que o Porvir falou de ensino híbrido, lá pelos idos de 2012, não sabíamos nem como chamar essa tendência. Foi no site de uma organização chamada Innosight Institute que as coisas ficaram mais claras. O tal blended learning, que estava pipocando aqui e ali, se referia à mescla do ensino presencial com o virtual, dentro e fora da escola. Com essa integração de oportunidades de aprendizagem que a tecnologia proporcionou, os alunos passariam a ver mais sentido no conteúdo que lhes era apresentado, teriam acesso a um aprendizado mais personalizado às suas necessidades, seriam estimulados a pensar criticamente, a trabalhar em grupo. Um mundo de oportunidades se abria.
Dois anos depois, o ensino híbrido já se consolidou como uma das tendências mais importantes para a educação do século 21. Um dos especialistas internacionais que tem ajudado na disseminação dessas práticas e na análise de como o fenômeno tem se manifestado em diferentes redes de ensino é Michael Horn, que em 2008 escreveu com seu professor em Harvard, o renomado Clayton Christensen, o livro Disrupting Class: How Disruptive Innovation Will Change the Way the World Learns (Classe disruptiva: como a inovação disruptiva vai mudar a forma como o mundo aprende, em livre tradução), no qual abordava o nascimento de uma nova forma de fazer educação. Horn tornou-se cofundador do Innosight Institute, que em 2013 passou a se chamar Clayton Christensen Institute.
crédito Fotimmz / Fotolia.com'Ensino híbrido é o único jeito de transformar a educação'
Em entrevista ao Porvir, o norte-americano, que tinha experiência na área pública e na de negócios antes de enveredar pela educação, diz considerar que o ensino híbrido é a única forma de se promover a transformação em redes de ensino. Dissse ainda que essa abordagem é capaz de oferecer ao aluno tanto o conhecimento quanto a oportunidade de desenvolver as habilidades de que vai precisar para ser bem sucedido na vida. “O ensino híbrido abre espaço para trabalhos em equipe, pensamento crítico como nunca antes”, afirmou. Para Horn, o ensino híbrido tem também trazido à tona discussões sobre avaliação e organização dos alunos por idade e série.
Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.
O que você chama de inovação disruptiva em educação?
A palavra “disruptivo” tem sido tão usada que seu significado real tem se perdido. A disrupção é algo muito específico. Significa que uma inovação transformou algo que era caro, complicado, centralizado e inacessível, que só servia a um número limitado de pessoas, em algo com um preço muito mais acessível, conveniente e simples, que pode servir a muito mais gente. As inovações disruptivas em educação são sempre muito primitivas em seu início. Elas não começam como rupturas muito fortes. Elas vão melhorando e se aprofundando com o passar dos anos.
Existem muitas diferenças entre o que se chamava de disruptivo em 2007, no início do Innosight Institute, e agora?
Não. A disrupção sempre terá a ver com o ensino híbrido. Na educação básica, pelo menos. Na superior é diferente. No livro Disrupting Class ainda não usávamos o termo ensino híbrido, mas três ou quatro outros nomes. Agora o vocabulário amadureceu e é mais fácil falar de ensino híbrido.
crédito DivulgaçãoMichael Horn, cofundador do Clayton Christensen Institute
Por que você acredita tanto em blended leaning?
Nosso sistema educacional, não apenas nos EUA, não foi construído para otimizar o aprendizado para cada aluno. Foi construído como uma indústria para atender a um grande número de alunos. Funcionou bem numa economia industrial, mas [não] na economia do conhecimento, quando se questiona por que o modelo não serve a muitos alunos. O sistema [educacional] está fazendo exatamente o que ele foi programado para fazer. O que temos visto consistentemente é que a inovação disruptiva é o único jeito confiável de se transformar o sistema. A coisa mais legal do ensino híbrido é que você pode personalizar o ensino para diferentes necessidades dos alunos.
Que bons exemplos práticos você já tem visto acontecer, especialmente em grandes redes?
Temos visto distritos do país inteiro se engajarem mais profundamente com o ensino híbrido. A cidade de Nova York, Houston, Miami Dade… São grandes distritos que estão fazendo dessa metodologia o centro de sua estratégia de transformação. Em uma escala menor, temos outros, como oQuakertown Public Schools in Pennsylvania. Temos também a Florida Virtual School, que é um distrito de escolas públicas que está servindo centenas de milhares de estudantes não só na Flórida, mas no mundo. Existem alguns sinais de esperança.
Já dá para ver como o ensino híbrido tem mudado a vida das pessoas individualmente?
Conheci algumas boas histórias. Estava em uma escola de ensino médio que adota o ensino híbrido em Utah. Eles tinham lá uma jovem que era totalmente desestimulada. Ela me disse: “Pela primeira vez, o professor está me ensinando individualmente, não para a turma inteira. De repente, estou aprendendo o que eu preciso. Percebi que sou alguém que importa e que pode ter sucesso”. E agora ela, que não tinha muita esperança na vida, falava pela primeira vez em ir para a universidade. Outro grupo muito beneficiado com o ensino híbrido é o de alunos com necessidades especiais. Cada aluno tem um plano individual de aprendizagem, então eles não se sentem diferentes, eles se sentem mais pertencentes ao grupo.
É uma questão de aumentar a autoestima e a noção de identidade, certo?
[Disrupção é] uma inovação transformou algo que era caro, complicado, centralizado e inacessível, que só servia a um número limitado de pessoas, em algo com um preço muito mais acessível, conveniente e simples, que pode servir a muito mais gente
Identidade é grande parte disso. Faz diferença dizer a todos que eles importam, que vamos buscá-los onde estiverem e que vamos ajudá-los a serem bem sucedidos. Tenho uma história daSummit. A Diane [Tavenner] fala sobre um aluno que tinham que ido mal em toda a sua vida acadêmica. No modelo que adotaram na escola, os alunos precisam dominar os conteúdos para avançar [os alunos têm acesso primeiro ao conteúdo por um programa de computador]. No primeiro dia de aula, esse aluno ficou apenas sentado, não fez nada [no programa]. No segundo dia, nada. No terceiro, ele levantou a mão e disse: “professora, acho que não estou evoluindo”. Ela perguntou por quê. “Na escola anterior, eu ia para a aula e o professor falava as coisas. Eu não entendia o que ele dizia, mas todo dia era uma coisa nova. Então eu evoluía. Agora, nada está mudando e ainda estou parado no mesmo lugar”, ele disse. “É porque agora você tem que fazer alguma coisa”, respondeu a professora. Esse sentimento de que o aluno precisa dominar, ser persistente, que ele é o dono daquilo é o que acontece num ambiente de aprendizagem.
E isso tem a ver com as competências para o século 21?
No século 21, você tem que ser capaz de aprender a vida inteira, de encontrar materiais de diferentes fontes. Os empregos estão mudando tão rapidamente, é preciso aprender a aprender. O ensino híbrido bem-feito – e não são todos os modelos que fazem – diz: “você é o dono do seu próprio aprendizado”. O ensino híbrido abre espaço para trabalhos em equipe de forma como nunca antes havia sido possível, abre espaço para o pensamento crítico. As pessoas passam a dominar os assuntos a partir de aulas virtuais e aprofundam esse conhecimento com seus professores com perguntas importantes.
E o que garante que o ensino híbrido seja bem-feito? Com o que devemos nos preocupar?
Precisamos nos preocupar em dizer que o conhecimento ainda importa, mas só o conhecimento não é suficiente. Devemos nos preocupar em analisar, avaliar, ter o domínio do próprio aprendizado, trabalhar em equipe, conectar o conhecimento a problemas da vida real para que o aluno entenda por que ele é relevante. Isso quebra o argumento de que o conhecimento não importa e o que importa mesmo são as habilidades. As pessoas que defendem o conhecimento diriam: “não é possível desenvolver habilidade a menos que você tenha conhecimento”. A melhor coisa do ensino híbrido é que podemos ter os dois.
E se formos apontar questões de infraestrutura?
Você precisa ter banda larga, uma boa conexão com internet. Nos EUA, estamos falando hoje em 100 megabits por segundo. Até 2020, será 1 gigabite por segundo. Mas o que temos visto é que escolas inovadoras estão descobrindo como fazer o ensino híbrido acontecer com muito menos. Em termos de número de equipamentos, existe muita flexibilidade. Se você tem 30 crianças, você pode ter de 8 a 10 aparelhos. Você não precisa de um para cada. Isso é legal, mas não é necessário. Cada vez mais, com esses equipamentos ficando mais baratos, mais estudantes terão um eles mesmos.BYODGlossário compartilhado de termos de inovação em educaçãoserá parte disso.
Voltando ao assunto das habilidades para o século 21, como promover uma educação baseada em competências aliada ao ensino híbrido?
O ensino híbrido é a ferramenta que personaliza a educação, tanto nas “competências duras” [conhecimento] quanto nas transversais. Uma educação baseada em competência trabalha com a noção de que os estudantes só podem avançar quando eles realmente dominarem um conceito. Você não avança de acordo com a hora do dia, mas de acordo com o que você sabe. É muito difícil ter uma educação baseada em competências, a menos que você tenha ensino híbrido. Eles são primos, mas não são a mesma coisa. Você pode ter um ensino híbrido ruim e nada de desenvolvimento competências e você pode ter um ensino baseado em competências sem o ensino híbrido, mas é muito difícil de fazer em escala.
Isso muda a forma como os professores gerem sua sala de aula.
Sim, muito. Antes, os professores davam uma aula para a turma inteira. Agora, eles podem ter 30 alunos em 30 níveis diferentes. Sua tarefa é muito mais ser um designer do aprendizado de cada aluno e avaliar para ver se estão dominando o assunto. Eles são assessores do conhecimento, treinadores, designers do aprendizado.
Mas em algum momento do ano eles terão de ser nivelados…
Esse é o tipo de coisa que a educação baseada em competências começa a questionar. Visitei uma turma de quinto ano em que os alunos estavam fazendo problemas de trigonometria. O problema é que o atual sistema vai dizer que, no fim do ano, eles serão avaliados em conteúdos de quinto ano. No ano seguinte, eles vão para o sexto ano e pronto. Isso não faz sentido, estamos impedindo o desenvolvimento deles. No entanto, se uma criança chega ao quinto ano sabendo matérias apenas do segundo, ela pode conseguir dar um salto e chegar à quarta série. Esse crescimento de dois anos é impressionante. O que queremos desse tipo de educação é um ritmo mínimo, no qual nenhum aluno avança menos do que um ano em um ano, mas não podemos restringir o lado oposto.
Isso também implica numa mudança das provas oficiais do governo, certo? No Brasil, temos a Prova Brasil, que acontece de dois em dois anos.
Esse é um grande desafio, não apenas no Brasil, mas em países de todo o mundo. Podemos criar exames e sistemas de prestação de contas que também são personalizados? Enquanto eu completo o estudo de um assunto adequadamente, será que posso fazer provas sob demanda para provar o que eu sei, um exame pequeno e pontual? Isso criaria um sistema muito mais confiável porque hoje no Brasil você só consegue me falar do desempenho das escolas do país com dados do ano anterior. Nesse sistema, você saberia todos os dias onde estão os estudantes.
 

Captura de movimento - As Tartarugas ninjas 2014

Autodesk 123D Sculpt

Story of Stuff - Completo e legendado em português

A História das Coisas (versão brasileira)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

sábado, 22 de novembro de 2014

6 erros comuns na liderança



Veja como evitar atitudes equivocadas
Você é um líder e tem medo de errar? Saiba que erros fazem parte do mundo corporativo, mas a maior parte deles pode ser evitada. É o que sugere Mark Hunter, colaborador do PortalEntrepreuneur.com. Em seu artigo, Mark elenca cinco erros cometidos por líderes e o que deve ser feito para evitá-los:

1. Achar que você precisa tomar todas as decisões - tentar ser responsável por cada decisão só irá transformá-lo em um micro gestor. Líderes fortes sabem que algumas delas podem ser delegadas, e não há melhor maneira de desenvolver as habilidades de liderança de seus subordinados do que deixá-los agir por conta própria. 

2. Pensar que você sabe tudo - independentemente de quão inteligente você possa ser, ninguém quer trabalhar para (ou ser liderado por) alguém que age como um "sabe-tudo". Grandes líderes sabem que há sempre mais para aprender, e eles procuram fazer isso a cada dia. 

3. Não perceber que está sendo observado (mesmo quando você não está) - líderes são líderes o tempo inteiro, e uma das maneiras mais fáceis de minar sua capacidade de liderança é ser uma pessoa enquanto líder e outra diferente em outras circunstâncias.

4. Não perceber que não é sobre você, é sobre a equipe - não há necessidade de um líder, se não há ninguém para liderar. A avaliação de uma equipe é melhor vista na soma dos resultados das pessoas. Se os resultados são maiores em equipe do que são individualmente, então o líder está desempenhando bem o seu papel. 

5. Ter medo de liderar quando é hora de liderar - qualquer um pode liderar quando as coisas estão boas. É quando os tempos estão difíceis que a liderança é necessária. Não tenha medo de agir nestas horas. Você ganhará mais respeito para tomar decisões difíceis do que se você se esquivar de suas responsabilidades. 

6. Não perceber que a coisa mais importante é o que acontece quando você não está presente- isto envolve o desenvolvimento de pessoas que fazem a coisa certa, mesmo que você não esteja ao redor. Grandes líderes podem afastar-se de uma organização sem prejuízo do desempenho ou comprometimento da sua equipe.
Fonte: Entrepreneur.com

Diferença entre Chefe e Líder

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O Segredo da Comunicação Via E-Mail




Comunicação não é apenas o que transmitimos, mas principalmente o que o outro entende do que transmitimos!


Por isso é fundamental atentar-se para alguns cuidados que facilitam essa compreensão. 
E na comunicação virtual, não é diferente. A forma como a pessoa escreve e endereça o e-mail, por exemplo, permite que o destinatário interprete o interesse e o quanto ele é importante para ela ou não.  

Assim, seguir algumas regras de etiqueta (comportamento) ao escrever um e-mail é ampliar as possibilidades para estabelecer uma comunicação de verdade e não apenas usá-lo como ferramenta para encaminhar com velocidade o que se pretende transmitir à equipe, clientes ou fornecedores. Esses cuidados eliminarão ou, pelo menos, diminuirão as distorções. Além, é claro, de criar um real canal de comunicação com o destinatário e não uma barreira ou um abismo, como vem ocorrendo com tantos profissionais desatentos à linguagem e ao formato correto da comunicação virtual. 

DICAS IMPORTANTES:
1.Como a linguagem escrita é fria, não há as expressões faciais, sorrisos, tom de voz, cada palavra deve ser escolhida a dedo para não gerar um mal entendido ou transmitir grosseria. Nesse caso, se for para uma pessoa apenas, é educado citar o nome de quem se endereça e o cumprimento. Ex: Sr. Pedro, bom dia! Isso faz com que a pessoa que lê sinta a pessoalidade da mensagem e transmite uma certa simpatia. Em caso de e-mails enviados para diversas pessoas, o ideal é generalizar e não citar o nome de todos. Ex: Prezados Colaboradores, bom dia! 

2.Evitar o uso de abreviações, muito usadas na Internet, como: vc, tb, pq, e também evitar palavras com grafia "inventada"no mundo virtual como: naum, aki, etc, para eliminar o risco de não ser compreendido ou mesmo mal interpretado. Para isso atente-se às regras de regência verbal, nominal, concordâncias, regra de acentuação gráfica e a grafia correta das palavras; 

3.Não escrever com letras de caixa alta (tudo em letras maiúsculas): tem caráter agressivo, dá a impressão ao leitor que se está gritando com ele! Usar esse recurso apenas para escrever siglas. Ex. IBGE, IBAMA, etc. E também não usar apenas letras minúsculas, pois dá a impressão de descaso ou mesmo de preguiça; 

4.Transmitir as idéias de modo simples, claro, objetivo, sem deixar dúvidas quanto ao que deseja dizer; 

5.Manter a formalidade na escrita, mesmo entre colegas de trabalho mais próximos. Tudo o que se escreve está sendo registrado, essa mensagem pode ser encaminhada para outras pessoas e ninguém irá alterar o conteúdo da mensagem. Assim é importante evitar certos constrangimentos além da desvalorização profissional; 

6.Indicar no campo Assunto qual é o tema a ser tratado: uma indicação clara nessa linha ajuda na recepção da mensagem. Ex: "Pauta Reunião da Diretoria"; "Tema do Treinamento"; "Solicitação de Visita". Colocar, por exemplo, apenas a palavra "informações" no campo assunto, não ajuda em nada. Especifique claramente o conteúdo. Por exemplo: "Informações_Novo Curso". Dê sempre referências que realmente o leitor entenda o contexto do e-mail, evite portanto: URGENTE! IMPORTANTE! ou "Um minuto do seu tempo", que soa muito como propaganda. Também há como manter alguma referência que identifique os e-mails da mesma pessoa. Ex: ##Contato; GBR_agenda. Essa atitude simples facilitará que o leitor encontre rapidamente os seus e-mails em sua caixa de entrada, pelo assunto; 

7.Não esquecer de enviar o anexo, quando o e-mail tiver este propósito; 
8."Emotion"ou "smiley"(ícones formados por parênteses, pontos, vírgulas e outros símbolos do teclado, aquelas carinhas engraçadinhas do tipo ) denotam emoções. Podem ser usados, mas apenas em e-mails para pessoas amigas, e não exageradamente, do contrário a comunicação não será atingida. Evite-os em e-mails profissionais; 

9.Fazer sempre a verificação gramatical e ortográfica do texto. É muito desagradável enviar e/ou receber mensagens cheias de erros; 

10.É mais fácil entender uma expressão positiva do que uma negativa. Por exemplo: "Pode me telefonar qualquer dia, depois das 6 da tarde" funciona melhor do que "Não estou disponível até depois das 6 da tarde"; 

11.Listas por tópicos lêem melhor e causam mais impacto do que frases longas. Ao enviar um e-mail para esboçar conhecimento sobre determinado assunto, é melhor fazer uma lista ao invés de colocar tudo em uma frase ou parágrafo longo. Uma lista de tópicos é mais fácil de ler e causará um impacto inicial maior; 

12.Ao despedir-se é bom que se use o "Respeitosamente", para alguém com cargo superior ao da pessoa que enviar a mensagem e "Atenciosamente", se não for para alguém com cargo superior. Pode-se usar também "Cordialmente", durante os primeiros contatos e "Abraços" já quando a relação está mais construída e próxima; 

13.Conclua o e-mail com a sua assinatura (nome completo, telefone e o nome da empresa). 

É importante lembrar que todo profissional não pode agir como se quisesse se livrar dos problemas ao enviar um e-mail. Precisa utilizar essa maravilhosa ferramenta de comunicação a favor da agilidade da empresa e da prestação dos seus serviços, fazendo deste canal um diferencial competitivo. Portanto, enviar e-mail, não quer dizer "agora o problema é seu" e sim "vamos trabalhar juntos". 

Viviane Rodrigues

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Livro ZOOM

Este livro provocante, sem palavras, pode ser 'lido' tanto de frente para trás como de trás para frente. As ilustrações deste livro inovador podem mudar as idéias sobre tudo o que é visto. Nesta aventura surpreendente, até filosófica, nada é o que parece ser.

Acessar no link:

http://pt.slideshare.net/silvaniaamorim/apresentao-do-livro-zoom-de-istvan-banyai-ceilndia

domingo, 9 de novembro de 2014

Página do Blog no Facebook!

Pessoal, compartilho abaixo o link para a página do Blog Vida de Docente no Facebook:


Curtam, compartilhem, tem muitos materiais que eu só posto lá!

Video aula ABNT

Um Conto sobre Plágio - versão em português

Dicas para TCC


Muito bacana esse projeto da unisinos, várias dicas sobre TCC usando podcasts (arquivo de áudio publicados na web), rápidos, fáceis de entender, instrutivos.

https://soundcloud.com/tccendouni

Deixo também o texto "Redigindo com Clareza" da comunidade da União Européia:

http://ec.europa.eu/translation/writing/clear_writing/how_to_write_clearly_pt.pdf

E um método para planejar seu TCC antes de iniciar a escrever:


C

11 filmes para entender a ditadura militar no Brasil

11 filmes para entender a ditadura militar no Brasil


Onze filmes que fazem um diagnóstico de como o cinema retratou a ditadura militar no Brasil

Das sessões de tortura aos fantasmas da ditadura, o cinema brasileiro invariavelmente volta aos anos do regime militar para desvendar personagens, fatos e consequências do golpe que destituiu o governo democrático do país e estabeleceu um regime de exceção que durou longos 21 anos. Estreantes e veteranos, muitos cineastas brasileiros encontraram naqueles anos histórias que investigam aspectos diferentes do tema, do impacto na vida do homem comum aos grandes acontecimentos do período.
batismo de sangue filme ditadura militar
Cena de Batismo de Sangue (Reprodução)
Embora a produção de filmes sobre o assunto tenha crescido mais recentemente, é possível encontrar obras realizadas durante o próprio regime militar, muitas vezes sob a condição de alegoria. “Terra em Transe”, de Glauber Rocha, é um dos mais famosos, retratando as disputas políticas num país fictício. Mais corajoso do que Glauber foi seu conterrâneo baiano Olney São Paulo, que registrou protestos de rua e levou para a tela em forma de parábola, o que olhe custou primeiro a liberdade e depois a vida.
Os onze filmes que compõem esta lista, se não são os melhores, fazem um diagnóstico de como o cinema retratou a ditadura brasileira.
1. MANHÃ CINZENTA (1968), Olney São Paulo – Em plena vigência do AI-5, o cineasta-militante Olney São Paulo dirigiu este filme, que se passa numa fictícia ditadura latino-americana, onde um casal que participa de uma passeata é preso, torturado e interrogado por um robô, antecipando o que aconteceria com o próprio diretor. A ditadura tirou o filme de circulação, mas uma cópia sobreviveu para mostrar a coragem de Olney São Paulo, que morreu depois de várias sessões de tortura, em 1978.
2. PRA FRENTE, BRASIL (1982), Roberto Farias – Um homem comum volta para casa, mas é confundido com um “subversivo” e submetido a sessões de tortura para confessar seus supostos crimes. Este é um dos primeiros filmes a tratar abertamente da ditadura militar brasileira, sem recorrer a subterfúgios ou aliterações. Reginaldo Faria escreveu o argumento e o irmão, Roberto, assinou o roteiro e a direção do filme, repleto de astros globais, o que ajudou a projetar o trabalho.
3. NUNCA FOMOS TÃO FELIZES (1984), Murilo Salles – Rodado no último ano do regime militar, a estreia de Murilo Salles na direção mostra o reencontro entre pai e filho, depois de oito anos. Um passou anos na prisão; o outro vivia num colégio interno. Os anos de ausência e confinamento vão ser colocados à prova num apartamento vazio, onde o filho vai tentar descobrir qual a verdadeira identidade de seu pai. Um dos melhores papéis da carreira de Claudio Marzo.
4. CABRA MARCADO PARA MORRER (1984), Eduardo Coutinho – A história deste filme equivale, de certa forma, à história da própria ditadura militar brasileira. Eduardo Coutinho rodava um documentário sobre a morte de um líder camponês em 1964, quando teve que interromper as filmagens por causa do golpe. Retomou os trabalhos 20 anos depois, pouco antes de cair o regime, mesclando o que já havia registrado com a vida dos personagens duas décadas depois. Obra-prima do documentário mundial.
5. O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? (1997), Bruno Barreto – Embora ficcionalize passagens e personagens, a adaptação de Bruno Barreto para o livro de Fernando Gabeira, que narra o sequestro do embaixador americano no Brasil por grupos de esquerda, tem seus méritos. É uma das primeiras produções de grande porte sobre a época da ditadura, tem um elenco de renome que chamou atenção para o episódio e ganhou destaque internacional, sendo inclusive indicado ao Oscar.
6. AÇÃO ENTRE AMIGOS (1998), Beto Brant – Beto Brant transforma o reencontro de quatro ex-guerrilheiros, 25 anos após o fim do regime militar, numa reflexão sobre a herança que o golpe de 1964 deixou para os brasileiros. Os quatro amigos, torturados durante a ditadura, descobrem que seu carrasco, o homem que matou a namorada de um deles, ainda está vivo –e decidem partir para um acerto de contas. O lendário pagador de promessas Leonardo Villar faz o torturador.
7. CABRA CEGA (2005), Toni Venturi – Em seu melhor longa de ficção, Toni Venturi faz um retrato dos militantes que viviam confinados à espera do dia em que voltariam à luta armada. Leonardo Medeiros vive um guerrilheiro ferido, que se esconde no apartamento de um amigo, e que tem na personagem de Débora Duboc seu único elo com o mundo externo. Isolado, começa a enxergar inimigos por todos os lados. Belas interpretações da dupla de protagonistas.
8. O ANO EM QUE MEUS PAIS SAIRAM DE FÉRIAS (2006), Cao Hamburger – Cao Hamburger, conhecido por seus trabalhos destinados ao público infantil, usa o olhar de uma criança como fio condutor para este delicado drama sobre os efeitos da ditadura dentro das famílias. Estamos no ano do tricampeonato mundial e o protagonista, um menino de doze anos apaixonado por futebol, é deixado pelos pais, militantes de esquerda, na casa do avô. Enquanto espera a volta deles, o garoto começa a perceber o mundo a sua volta.
9. HOJE (2011), Tata Amaral – Os fantasmas da ditadura protagonizam este filme claustrofóbico de Tata Amaral. Denise Fraga interpreta uma mulher que acaba de comprar um apartamento com o dinheiro de uma indenização judicial. Cíclico, o filme revela aos poucos quem é a protagonista, por que ela recebeu o dinheiro e de onde veio a misteriosa figura que se esconde entre os cômodos daquele apartamento. Denise Fraga surpreende num papel dramático.
10. TATUAGEM (2013), Hilton Lacerda – A estreia do roteirista Hilton Lacerda na direção é um libelo à liberdade e um manifesto anárquico contra a censura. Protagonizado por um grupo teatral do Recife, o filme contrapõe militares e artistas em plena ditadura militar, mas transforma os últimos nos verdadeiros soldados. Os soldados da mudança. Irandhir Santos, grande, interpreta o líder da trupe. Ele cai de amores pelo recruta vivido pelo estreante Jesuíta Barbosa, que fica encantado pelo modo de vida do grupo.
11. BATISMO DE SANGUE (2007) – Apesar do incômodo didatismo do roteiro, o longa é eficiente em contar a história dos frades dominicanos que abriram as portas de seu convento para abrigar o grupo da Aliança Libertadora Nacional (ALN), liderado por Carlos Marighella. Gerando desconfiança, os frades logo passaram a ser alvo da polícia, sofrendo torturas físicas e psicológicas que marcaram a política militar. Bastante cru, o trabalho traz boas atuações do elenco principal e faz um retrato impiedoso do sofrimento gerado pela ditadura.

sábado, 8 de novembro de 2014

Atividade Objetos de Aprendizagem (Especialização em Gestão e Docência do Ensino Superior)



Apresentação projeto final da disciplina, Tecnologia e Educação (grupo Charles Boeira, Italo Clay, Jason Santos, Elisangela Selau, e Marcia Fagundes De Bortoli:

https://prezi.com/bz0gfdup6lat/projeto-arquitetonico-1/?utm_campaign=share&utm_medium=copy

Desenvolvimento de plano de curso e planejamento das aulas usando Objetos Digitais de Aprendizagem.

OBS. Méritos para nossa arquiteta Elisangela Selau Arquitetura, que também usa o Prezi.

Educação Corporativa


Educação Corporativa

Aparecida de Fátima Tiradentes dos Santos Nayla Cristine Ferreira Ribeiro

A Educação Corporativa consiste em um projeto de formação desenvolvido pelas empresas, que tem como objetivo “ institucionalizar uma cultura de aprendizagem contínua, proporcionando a aquisição de novas competências vinculadas às estratégias empresariais” (Quartiero & Cerny, 2005, p.24).
Segundo Jeanne Meister (1999), a Educação Corporativa é um “guarda-chuva estratégico para desenvolver e educar funcionários, clientes, fornecedores e comunidade, a fim de cumprir as estratégias da organização” (p.35).
Este fenômeno em crescente expansão tem como sustentação a chamada ‘sociedade do conhecimento’, “cujo paradigma é a capacidade de transformação [...] do indivíduo social por meio do conhecimento” (Managão, 2003, p. 9). Um ‘novo trabalhador’ é exigido nesse contexto, que enfatiza as ‘competências’ segundo um “comportamento independente na solução de problemas, a capacidade de trabalhar em grupo, de pensar e agir em sistemas interligados, e de assumir a responsabilidade no grupo de trabalho” (Markert 2000, apud Quartiero & Cerny, 2005, p.28).
A Educação Corporativa se justifica, segundo a literatura, pela 'incapacidade' do Estado em fornecer para o mercado mão-de-obra adequada. Desta forma, as organizações chamam para si essa responsabilidade, defendendo o deslocamento do papel do Estado para o empresariado na direção de projetos educacionais – Teoria do Capital Intelectual. “As empresas [...] ao invés de esperarem que as escolas tornem seus currículos mais relevantes para a realidade empresarial, resolveram percorrer o caminho inverso e trouxeram a escola para dentro da empresa” (Meister, 1999, p. 23).
Esse modelo educativo oferecido pelas empresas abrange várias modalidades de ensino, tais como: cursos técnicos (inglês, informática, etc.), educação básica (ensino fundamental e médio), pós-graduação lato sensu, entre outros. Ele emerge na década de 1950 nos Estados Unidos, a partir da crítica ao tradicional modelo de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) das empresas, considerado então obsoleto para os padrões do ‘novo modelo produtivo’ – a acumulação flexível:
[...] as características de um setor de Treinamento e Desenvolvimento padrão se tornaram tão desgastadas que melhorias ou mesmo uma reengenharia mais forte não seriam suficientes para adequá-lo às novas necessidades de educação no espaço das organizações (Quartiero & Cerny, 2005, p. 34).
Naquele momento as empresas investiam nessa modalidade com o objetivo de ensinar aos trabalhadores ‘o como fazer’. As empresas inicialmente tinham como foco “desenvolver qualificações isoladas, para a criação de uma cultura de aprendizagem contínua, em que os funcionários [aprendessem] uns com os outros e [compartilhassem as] inovações e melhores práticas com o objetivo de solucionar problemas empresariais” (Meister, 1999, p.21).
No Brasil, a Educação Corporativa emerge na década de 1990 com a política neoliberal implementada no então governo Fernando Collor de Mello, no quadro de abertura econômica do país que impulsionou a ideologia da competição para o mercado globalizado. Esse modelo educacional assumido pelas empresas surgiu “no auge do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP” (Martins, 2004, p.10).
Características da Educação Corporativa
Espaço físico – Segundo Martins (2004), as unidades de Educação Corporativa têm o espaço físico mais como um conceito do que uma realidade. As estratégias pedagógicas podem ocorrer por meio da educação presencial, à distância ou semipresencial. A modalidade à distância proporciona um aprendizado através de um ambiente virtual. Há instituições que atuam apenas em espaços virtuais, através da modalidade da Educação à Distância – EAD – ou o e-learning – aprendizado eletrônico –, propiciando maior flexibilidade do treinamento, uma vez que o aluno tem “mais liberdade para escolher o local e a hora para aprender, [além de proporcionar] a redução do custo” (Blois e Melca, 2005, p.59). Existem instituições que contam com espaços físicos próprios, direcionados aos treinamentos dos seus funcionários, e eventualmente, utilizam espaços acadêmicos ou hotéis.
As novas tecnologias - As novas tecnologias educacionais tornaram-se um ganho para a infra-estrutura educacional viabilizada pelas empresas. Através da Educação à Distância a “qualificação dos funcionários é realizada em um tempo menor e com custos reduzidos, salientando que a economia de tempo pode chegar a 50%, e de custo a 60%, em relação aos cursos presenciais” (Quartiero e Cerny, 2005, p.37). Através das ferramentas tecnológicas, o trabalhador pode aprender por meio de videoconferências, de cursos ministrados pela Internet, ou até mesmo pela Intranet da empresa. Nesse contexto, não existe mais a necessidade do trabalhador ausentar-se para fazer a capacitação, uma vez que o conhecimento ‘vai a ele’.
Público-alvo – Pretende atender aos ‘colaboradores internos’ – os funcionários –, ‘os colaboradores externos’ – os familiares dos funcionários, fornecedores, clientes e a comunidade em geral que são atendidos, principalmente, por intermédio das ações de responsabilidade social.
Corpo docente – Cerca de 70% dos docentes são os próprios gerentes e executivos das instituições corporativas, enfatiza-se a atuação destes como forma de “agregar valor à cadeia produtiva” (Martins, 2004, p.44). A utilização dos gerentes traz um duplo benefício ao conhecimento organizacional:
[...] receber gerentes [...] não apenas para ensinar os conceitos que utilizam todos os dias na sua vida profissional, mas também para adequar esses conceitos à realidade dos [‘colaboradores’]. [...] [Além], das vantagens econômicas. Em vez de contratar facilitadores profissionais, [usa-se] a própria força de trabalho (Meister, 1999, p. 22).
Certificação - A maior dificuldade encontrada pelas empresas está na certificação dos cursos de educação formal. Somente instituições acadêmicas credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) ou secretarias de educação (no caso da Educação Básica) podem emitir diplomas. A estratégia encontrada pelas empresas foi realizar parcerias com as ‘Universidades Tradicionais’ – nomenclatura pela qual o mundo corporativo denomina as Universidades Acadêmicas. Essas parcerias podem ser para validar a certificação dos cursos, como também para formatar um curso de acordo com a encomenda da empresa. Existem parcerias das empresas tanto com escolas e universidades públicas quanto privadas.
Um modelo de educação profissional pautado pelo mercado e tendo como principal finalidade a disseminação da cultura organizacional e o atendimento do plano estratégico da empresa, não atende à necessidade social de um projeto de formação humana comprometido com a construção de justiça social e a igualdade. 

Cearenses criam ´mouse´ para cegos

Cearenses criam ´mouse´ para cegos

O Projeto Portáctil investe em dispositivos que facilitam a leitura, em braile, de conteúdos digitais e impressos

O dispositivo lê o material e, com superfície tátil, faz a transcrição em braile Fotos: Viviane Pinheiro

Olfato, paladar, tato, audição. Quando a experiência do "olhar" não está ao alcance físico, são os outros sentidos do ser humano que possibilitam uma comunicação eficiente em sociedade. No Brasil, segundo o Censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, cerca de 35,7 milhões de pessoas têm algum nível de deficiência visual, sendo mais de 506 mil efetivamente cegas. Diante desse número, o investimento em acessibilidade torna-se uma prioridade sócio-educacional, mobilizando programas de tecnologia como o Projeto Portáctil, desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).

A vontade de investir em tecnologia assistiva inquietava, desde 2002, o professor e pesquisador do IFCE, Anaxágoras Maia Girão. "Como engenheiro, eu gosto de pensar em sistemas de automação que dão maior conforto para pessoas com deficiência visual", afirma. Junto a essa inquietação, surgiu, em 2009, uma parceria com a empresa AED Tecnologia, incubada no IFCE, que possibilitou a criação do Projeto Portáctil.

O professor Anaxágoras Girão diz que tinha vontade de investir em tecnologia assistiva desde 2002, com o objetivo de auxiliar deficientes visuais
A ideia inicial do projeto visava construir um dispositivo em forma de caneta, que possibilitasse a transcrição de conteúdo impresso para o braille. A partir do aperfeiçoamento das pesquisas e da apresentação do projeto ao Ministério da Educação, em 2010, algumas mudanças foram estabelecidas. Com o recurso financeiro do governo federal, o projeto passou a ser desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento em Automação (Lapada) do IFCE, sob a coordenação do professor Anaxágoras Girão. A cela braile existente na caneta - um dispositivo com oito pinos móveis que formam os caracteres em braile - deu lugar a um dispositivo portátil de navegação, semelhante a um mouse, com três celas na parte superior. Os dispositivo também armazena arquivos de texto, cujo conteúdo é transcrito em braile para o usuário.

Na configuração atual, o dispositivo de navegação braile atua no dedo do usuário, proporcionando o entendimento e a fluência dos caracteres. Abaixo das celas, seis botões atuam com funções auxiliares na navegação. Nas laterais, ficam os botões para voltar e adiantar as linhas do texto. Já na porção inferior, fica localizado o leitor óptico e o sensor para direcionamento.

O usuário cego também pode gerar o próprio conteúdo, utilizando tablets ou smartphones. A conexão com esses dispositivos é feita através de Bluetooth. Nos tablets, o Portáctil admite um teclado de silicone, semelhante aos teclados de computadores convencionais. A digitação permite ao usuário retorno auditivo, facilitando o processo de produção textual.

Desafios
Mesmo facilitando a digitação e a leitura, o sistema ainda se encontra em fase de desenvolvimento desde 2010. Segundo o coordenador do projeto, Anaxágoras Girão, a primeira etapa de concepção e usabilidade junto aos usuários já foi vencida. O desafio agora é o apoio financeiro para distribuir o serviço.

O financiamento concedido pelo Ministério da Educação, no valor de R$ 1 milhão, possibilitou a criação de 136 equipamentos (tablets com película de silicone, que serve como teclado, e o mouse especial). Além desse recurso, em fase inicial, o projeto contou com R$ 90 mil do Banco do Nordeste. Segundo Heyde Leão, diretor executivo da empresa AED Tecnologia, os 136 equipamentos já foram entregues à Prefeitura de Fortaleza. Para a finalização do projeto, ainda é preciso produzir 64 equipamentos e realizar a capacitação de professores e alunos nas escolas municipais. "É preciso dar atenção a esse sistema, que só vai para frente a partir de duas coisas: suporte e acompanhamento", afirma Leão.

O professor Anaxágoras reconhece que o projeto já poderia estar beneficiando os estudantes, mas a burocracia e a recente transição no governo municipal atrasaram o processo. "Com a mudança de gestão, o investimento ficou preso. Então, precisamos esperar um pouco mais para concluir os equipamentos e liberar para as escolas", explica.

Mesmo com a conquista de alguns avanços, o Portáctil ainda precisa de aperfeiçoamento. Segundo Anaxágoras Girão, hoje, o sistema já permite ao aluno ter acesso em braile a um material que o professor disponibiliza em formato digital. No entanto, as expectativas são maiores. "Queremos torná-lo um leitor de livros. A gente quer que o aluno possa levar para casa, escrever uma nota, uma redação, com autonomia", conta o professor.

Para a leitura a partir de materiais impressos, os pesquisadores estão investindo em um aplicativo denominado OCR (reconhecimento ótico de caracteres, na sigla em inglês), que transforma o tablet em um scanner, a partir de fotos tiradas por sua câmera. O posicionamento das folhas impressas ainda representa uma dificuldade para as pessoas com deficiência visual e, nesse sentido, o projeto reconhece a necessidade de melhoramento do software.

Avanço
O revisor braile Martonio Torres Carneiro tem deficiência visual desde pequeno e já teve a oportunidade de testar o sistema, quando o projeto foi apresentado à Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Idosos e Pessoas com Deficiência, do governo do Estado. "De início eu senti um pouco de dificuldade, como toda coisa nova. Mas como sou muito curioso e já tinha contato com meu iPhone, facilitou mais", comenta. O revisor demonstra encantamento com a invenção. "O mais interessante é a navegação com cursor. É um salto tecnológico avançadíssimo. Com esse sistema você pode ter uma biblioteca braile na mão", revela.

Martonio reconhece ainda a importância do equipamento para a formação das crianças. "Com o Portáctil, as crianças têm acesso ao braile e ao computador. E essa base é fundamental, já que o braile é nosso método mais eficaz de escrita e leitura", afirma o revisor.

A coordenadora especial de Políticas Públicas para Idosos e Pessoas com Deficiência, Isabel Pontes, integra o grupo de trabalho que pretende levar o sistema para todas as cidades do Estado. "Precisamos chamar a sociedade para conhecer essa tecnologia assistiva. O usuário e sua família são os focos do nosso trabalho", diz. Para Isabel, acolher iniciativas como essa é um dever governamental. "Nossa participação nada mais é do que o Estado cumprindo a sua responsabilidade no sentido de dotar as escolas de tecnologia assistiva".

Solução reduz custos para adaptar obrasO professor Anaxágoras Girão diz que tinha vontade de investir em tecnologia assistiva desde 2002, com o objetivo de auxiliar deficientes visuais

Os investimentos no Projeto Portáctil são mínimos diante dos custos comerciais gerados nos processos de transcrições comuns para o braile. Totalizando um gasto de cerca de R$ 4 mil na obtenção do equipamento completo - formado por um tablet, um teclado de silicone e um mouse especial desenvolvido pelos cearenses envolvidos no projeto -, o sistema Portáctil valoriza a comodidade e a economia da produção.

De acordo com levantamentos oficiais realizados junto à Gráfica Braille da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Ceará e à Gráfica Civiam, especializada neste tipo de produção, uma página em tinta de um livro convencional gera de três a quatro páginas em braile, após o processo de transcrição.

Tomando como exemplo o clássico infanto-juvenil "Harry Potter e a Pedra Filosofal", de autoria de J.K. Rowling, obtém-se um custo unitário de R$ 4,80 por página transcrita. A obra totaliza aproximadamente 2.160 páginas em braile, que devem ser acondicionadas em 18 volumes com 120 páginas cada, a um custo final de R$ 10.368 por unidade transcrita.

Os números inviabilizam a produção do material em escala suficiente para atender ao público alvo, bem como dificultam a logística de armazenamento, uma vez que os volumes ocupam bastante espaço. Além disso, o próprio material em braile, com o uso frequente e o passar do tempo, perde suas características de impressão e percepção tátil por parte do usuário.

Bibliotecas acessíveis
A acessibilidade é um desafio em muitos setores da educação. Espaços como bibliotecas, referências pedagógicas na aprendizagem através da leitura, em sua maioria, não contam com o suporte necessário para atender pessoas com deficiências visuais. De acordo com o 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais do Brasil, de 2009, apenas 9% das bibliotecas públicas municipais oferecem serviços de audiolivros ou livros em braile, ou ainda, estações de trabalho adaptadas. No Nordeste, 95% das bibliotecas municipais não possuem serviços para cegos e 96% não oferecem serviços para pessoas com outras necessidades especiais.

Em Fortaleza, a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Idosos e Pessoas com Deficiência já se articula com a Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel. "Estamos procurando disseminar ainda mais a leitura em braile, transcrevendo exemplares na gráfica do governo e passando para as bibliotecas", afirma a coordenadora Isabel Pontes. "Do ponto de vista tecnológico, ainda não temos resultado, mas já buscamos um diálogo nesse sentido", diz.

Na Praça do Centro de Artesanato do Ceará (Ceart), um vagão de trem é um espaço de leitura e acessibilidade. Doado pela Rffsa, o vagão está preenchido por de cerca de 2.500 livros, dentre os quais destacam-se exemplares da literatura cearense, de política e de legislação, transcritos para o braile. 

Aprendendo sobre Inclusão DOSVOX


Aprendizado e café no sábado de manhã. Na nossa apresentação fizemos o colega Silvio Alex Machado (SENAC Bento Gonçalves) experimentar a vivência de um cego ao usar o computador, acessando o DOSVOX.

Pós em Gestão e docência para ensino superior, com habilitação para ensino técnico, FTEC.

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Linux Educacional - APLICATIVOS



O Linux educacional é uma ferramenta derivada de iniciativa do próprio governo federal, para proporcionar um sistema operacional para as escolas de ensino fundamental e médio, que tenha um uso intuitivo, em um software leve, recheado de Objetos de Aprendizagem disponíveis:


Hoje ele já se encontra na versão 5.0.



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