sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Revisão Bibliográfica



Não deixem de ver os outros vídeos do canal, todos muito úteis e instrutivos, elucidando várias questões do "tão temido" trabalho acadêmico:

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O esfacelamento do real e as perspectivas da economia brasileira



O esfacelamento do real e as perspectivas da economia brasileira
por , quinta-feira, 22 de agosto de 2013





20110731141319.jpg"A estabilidade pode não ser tudo; porém, sem estabilidade, tudo vira um nada."  Foi com estas palavras que o social-democrata Karl Schiller, ministro das finanças da Alemanha Ocidental de 1966 a 1972, definiu o quão importante era para a Alemanha ter uma moeda forte.
Durante a segunda metade do século XX, nenhum povo levou tão a sério a importância de se ter uma moeda forte e estável quanto os alemães.  Tendo sofrido duas hiperinflações em um espaço de apenas 24 anos (uma em 1922-1923 e a outra logo após o fim da Segunda Guerra Mundial), o que aniquilou toda a sua poupança, a população alemã entendeu, e de uma maneira extremamente dolorosa, que a moeda de um país não pode ser aviltada.  Foi o primeiro-ministro alemão Konrad Adenauer quem disse que "defender a moeda é a condição precípua para se manter uma economia de mercado e, em última instância, uma sociedade livre."  Já o ministro das finanças de Adenauer, Ludwig Erhard — o "pai" do milagre econômico alemão —, foi ainda mais longe e proclamou que a estabilidade monetária era um direito humano básico.
O compromisso com uma moeda forte e estável se tornou tão inegociável, que foi criada uma lei em 1957 — a Lei Bundesbank — que incorporava essa visão alemã sobre a moeda: a lei declarava especificamente que o Banco Central alemão seria completamente independente de pressões políticas e de instruções do governo federal.  Sua única função seria a de "proteger a moeda", controlando a quantidade de dinheiro em circulação na economia com o objetivo de manter a robustez da moeda.  Esta lei deu ao Bundesbank uma autonomia de poder que nunca foi vista em nenhum outro país desde então, e contava com o apoio de social-democratas e conservadores.
A aprovação e implementação desta lei, em conjunto com a genuína determinação mostrada por seus vários presidentes, fez do Bundesbank o Banco Central mais respeitado e confiado do mundo.  De 1957 até imediatamente antes da introdução do euro, em 2002, a Alemanha apresentou a menor inflação de preços do mundo, menor até mesmo que a da Suíça. 
O gráfico abaixo mostra a evolução do índice de preços da Alemanha (linha preta), da Suíça (linha vermelha) e dos EUA (linha azul, apenas a título de comparação).  Observe que, embora Alemanha e Suíça comecem com aproximadamente o mesmo índice, já na década de 1970 a inflação de preços acumulada na Alemanha se torna visivelmente menor que a da Suíça, permanecendo assim por toda a década de 1980 e 1990.  Foi só em 2004, já sob o euro, que a situação se inverteu e a Suíça passou a apresentar uma menor inflação de preços acumulada. 
marco1.png
Esse gráfico explicita por que os alemães não são muito simpáticos ao euro, e mostra por que foi tão difícil convencê-los a abrir mão do marco alemão em prol de uma moeda única europeia. (E ajuda também a entender por que as desigualdades de renda nos EUA são muito maiores que as da Suíça, não obstante toda a generosidade das políticas assistencialistas americanas).
Com efeito, a admiração dos alemães pelo marco alemão era tamanha, que uma pesquisa feita em 1995 relatou que 80% dos alemães identificavam sua "germanicidade" com a estabilidade, a força e o prestígio internacional do marco.  Eles haviam vivenciado os "milagres" que uma moeda forte é capaz de fazer.  Uma economia que estava destruída em decorrência de uma guerra mundial, e cuja população havia perdido toda a sua poupança em decorrência de duas hiperinflações, conseguiu se reerguer, enriquecer e se tornar a mais poderosa da Europa no espaço de apenas uma geração, tudo isso possibilitado por uma moeda forte e estável, que dava a seus cidadãos um poder de compra sem par.  Os alemães perceberam na prática que uma moeda forte é uma condição indispensável — embora não seja suficiente — para a prosperidade econômica, e que uma moeda fraca e instável cria baderna e inquietações sociais.
Os alemães creditavam à robustez do marco o fato de estarem entre os trabalhadores mais bem pagos do mundo e de poderem fazer várias viagens internacionais a preços extremamente baixos.
Por que este longo prólogo dedicado à Alemanha?  Porque a Alemanha — em conjunto com a Suíça e com o Japão — é um perfeito exemplo prático de como uma moeda forte só traz vantagens para uma população.  Aqui no Brasil, economistas pós-keynesianos e progressistas diariamente afirmam que uma moeda desvalorizada é uma condição indispensável para a robustez e competitividade da indústria nacional, e que uma moeda forte levaria à extinção de nosso parque industrial e geraria fortes desequilíbrios no balanço de pagamentos, pois os brasileiros iriam "importar e viajar muito".  Aparentemente, eles ignoram o fato de que Alemanha, Suíça e Japão possuem moedas fortes há décadas e, não obstante, um setor industrial e exportador extremamente robusto e competitivo, além de uma população bastante viajada.  Não foi necessário desvalorizar suas moedas para que suas indústrias se tornassem competitivas, e até hoje nunca houve qualquer indicativo de "crise no balanço de pagamentos".
Abaixo, a evolução das taxas de câmbio da Alemanha (linha preta), da Suíça (linha vermelha) e do Japão (linha amarela, eixo da direita) em relação ao dólar.  A série termina em dezembro de 1998 porque em janeiro de 1999 a Alemanha teve de alterar seu regime cambial para se preparar para a introdução do euro.
marco2.png
A súbita, porém passageira, depreciação observada na primeira metade da década de 1980 não se deve a nenhuma política inflacionista destes Bancos Centrais, mas sim à acentuada valorização do dólar neste período, que foi quando o Fed estava sob o comando de Paul Volcker, que havia elevado a taxa básica de juros americana para 20%.
A situação no Brasil
Para entender o atual momento da economia brasileira e de sua moeda, um rápido exercício de imaginação será de grande valia.  Imagine o leitor estes dois cenários completamente opostos:
1) No primeiro cenário, os bancos passam a aumentar a oferta de crédito, o que faz com que a quantidade de dinheiro na economia aumente continuamente.  Isso, por conseguinte, faz com que os salários nominais da população também cresçam continuamente.  No entanto, não obstante toda essa inflação monetária, o poder de compra da moeda mensurado em dólares, em vez de cair, também aumenta continuamente.
2) Já no segundo cenário, com a população mais endividada e com os indicadores de inadimplência em alta, os bancos se tornam mais comedidos e passam a restringir o crédito.  Consequentemente, a quantidade de dinheiro na economia passa a crescer moderadamente, e isso faz com que o crescimento dos salários nominais da população arrefeça.  No entanto, não obstante esta contenção da inflação monetária, o poder de compra da moeda mensurado em dólares, em vez de subir, passa a cair continuamente.
O primeiro cenário vigorou no Brasil de 2003 até meados de 2011.  A oferta monetária se expandiu vigorosamente e, não obstante tal inflação, o valor do real mensurado em dólares também aumentou continuamente.  No primeiro semestre de 2003, por exemplo, o dólar chegou a custar R$3,60.  A partir dali, o real começou a se valorizar perante o dólar, chegando ao ápice em julho de 2008, quando o dólar valia apenas R$1,56.  Houve um ligeiro soluço no final de 2008 e início de 2009 por conta da crise financeira mundial, mas nada que abalasse o fortalecimento do real, que rapidamente voltou a se valorizar continuamente até chegar novamente ao valor de R$1,54 em julho de 2011.
Este fenômeno — e isso deve ser muito enfatizado — foi totalmente inédito na história do Brasil.  Nunca antes havíamos vivenciado um período que conjugasse forte expansão monetária, aumento nominal dos salários e contínua apreciação da moeda nacional.  Nem mesmo na primeira fase do Plano Real, de 1994 a 1998, isso ocorreu. 
Para se ter uma ideia do que isso representou, uma pessoa que ganhava um salário mínimo no início de 2003 — R$200 — tinha um poder de compra de aproximadamente US$60.  Já uma pessoa que ganhava salário mínimo em meados de 2008 — R$415 — passou a ter um poder de compra de aproximadamente US$259.  E em meados de 2011, com o salário mínimo a R$545, tal pessoa passou a ter um poder de compra de aproximadamente US$340.  Ou seja, em dólares, o poder de compra de um trabalhador que recebe salário mínimo cresceu 332% em 5 anos e 466% em 8 anos.
Isso, e apenas isso, já ilustra a importância de se ter uma moeda forte.  E você ainda se surpreende que Lula tenha tido recordes de aprovação, principalmente entre os mais pobres?  Fernando Henrique Cardoso também usufruiu altos índices de popularidade entre os mais pobres durante seu primeiro mandato, quando o real estava atrelado ao dólar.  E foram os mais pobres que o reelegeram em 1998.  Novamente, apenas uma consequência natural de se ter uma moeda forte.
Esta valorização do real perante o dólar entre 2003-2011, a qual ocorreu durante um longo processo de expansão do crédito, foi crucial em fazer com que a inflação de preços no Brasil não aumentasse tanto quanto poderia ter aumentado em decorrência de toda a inflação monetária ocorrida.  Tal fenômeno — que representou um grande aumento na renda real das pessoas — não pode ser descartado quando se quer entender o motivo da alta popularidade de Lula.  As pessoas tinham cada vez mais dinheiro no bolso, e esse dinheiro valia cada vez mais em termos de dólares.
O gráfico a seguir ilustra como foi esse movimento.  A linha vermelha representa a evolução do câmbio (coluna da esquerda).  A linha azul representa a evolução da oferta monetária (coluna da direita).  O período analisado é de janeiro de 2002 a julho de 2011.
cambio-m2.png
Vale observar que, após a forte alta do dólar no final de 2002 — temores com a eleição de Lula —, o real volta a se fortalecer em 2003, e firmando sua tendência de valorização a partir de 2004.
Embora este mesmo fenômeno tenha ocorrido com praticamente todas as outras moedas ao redor do mundo — pois este foi um período de grande desvalorização do dólar —, a apreciação do real foi particularmente mais intensa.  E isso pode ser creditado à percepção positiva que os investidores estrangeiros, os especuladores e todos os traders que atuam no mercado financeiro tinham em relação à equipe econômica.  A boa equipe montada por Antônio Palocci no primeiro mandato de Lula, com Joaquim Levy, Marcos Lisboa e Murilo Portugal na Fazenda, além de Henrique Meirelles, Ilan Goldfajn e Alexandre Schwartsman no Banco Central, foi essencial para gerar esta confiança.  E ela foi mantida inabalada mesmo durante períodos conturbados, como por exemplo durante o escândalo do mensalão em 2005, em que não houve fuga de dólares e o câmbio não foi afetado.
E, mesmo com mudanças significativas feitas na equipe econômica a partir de 2006, com a saída de Palocci e a nomeação de Guido Mantega para Ministro da Fazenda, a confiança se manteve.  Após um forte soluço ocorrido no final de 2008, a economia se recuperou rapidamente durante o ano de 2009, pois o governo não saiu baixando pacotes, não tentou desvalorizar o câmbio, não recorreu a políticas protecionistas e, principalmente, permitiu que preços e salários se ajustassem para baixo.  Esta célere recuperação, em conjunto com as fartas matérias elogiosas publicadas pela imprensa internacional sobre a economia do país, manteve o ânimo dos investidores estrangeiros, dos especuladores e de todos os traders que atuam no mercado financeiro, e o real voltou a se valorizar perante o dólar. 
Todos os bons resultados financeiros apresentados pelas filiais de empresas estrangeiras instaladas no Brasil podem ser creditados à valorização do real, que fez com que os lucros remetidos em dólares e euros para suas matrizes fossem substanciais.  O mesmo pode ser dito sobre o espetacular momento vivenciado pelas companhias aéreas neste período, uma vez que dólar baixo significa mais pessoas viajando e querosene mais barato.
Mas tudo começou a degringolar em 2012, que foi o ano em que o governo mais exacerbou suas intervenções na economia, o que deu origem ao segundo cenário descrito no início desta seção. 
Toda a expansão creditícia iniciada em 2004 gerou dois inevitáveis resultados: endividamento recorde da população e inadimplência em alta.  O gráfico abaixo ilustra a evolução destes dois indicadores.  A linha azul mostra endividamento das famílias em relação à sua renda acumulada nos últimos doze meses (coluna da direita) e a linha vermelha mostra a evolução da inadimplência (coluna da esquerda).
endividamento.png
Esta situação fez com que os bancos adotassem uma postura mais comedida e aumentassem suas exigências antes de conceder novos empréstimos.  Tal postura mais restritiva dos bancos gerou um arrefecimento na até então frenética expansão do crédito, algo que, por conseguinte, reduziu a taxa de crescimento da oferta monetária.
Essa redução da taxa de crescimento da oferta monetária afetou os números do PIB, bem como a demanda por bens industriais (veja aqui o gráfico da produção industrial).  O governo então se desesperou e, confundindo causa com consequência, passou a adotar uma profusão de medidas intervencionistas para "proteger a indústria". 
Primeiro ele fechou os portos aumentando as alíquotas de importação de praticamente todos os produtos estrangeiros (está tudo aqui e aqui).  Depois, obrigou todas as grandes empresas do país a produzir utilizando uma determinada porcentagem de insumos fabricados no Brasil.  Ato contínuo, os privilegiados fabricantes destes insumos obviamente se aproveitaram deste monopólio para aumentar seus preços.  Para ajudar as grandes empresas a adquirir estes agora mais caros insumos, e simultaneamente para ajudá-las em seus projetos de investimento, o BNDES foi liberado para lhes emprestar dinheiro público a rodo, tudo a juros subsidiados.  Como o BNDES não tem todo esse dinheiro, o Tesouro começou a emitir títulos apenas para arrecadar este dinheiro, o que fez com que a dívida bruta do país chegasse a R$ 2,823 trilhões.  Em simultâneo, naquelas poucas áreas com potencial para receber fartos investimentos estrangeiros — o setor de infraestrutura rodoviária, portuária, aeroportuária e ferroviária —, o governo estipulou taxas de retorno, de estilo bolivariano.  No final, para não assustar de vez os investidores estrangeiros e os organismos internacionais, o governo passou a maquiar suas contas públicas, transformando 'recebíveis a longo prazo' em 'receita imediata', e déficit em superávit.
Paralelamente a tudo isso, a presidente e seus dois ministros favoritos (Mantega e Pimentel) se esmeraram em açoitar com gosto o "tsunami" de dólares que entrava no Brasil e apreciava o câmbio, sem se dar conta de que eram justamente esses dólares os principais responsáveis pela satisfação da população.
Resultado de tudo isso: estagnação, insegurança, alto grau de incerteza do empresariado, desconfiança dos investidores estrangeiros, saída de dólares, e acentuada desvalorização cambial.  O dólar, que em julho de 2011 chegou a valer R$1,56, disparou para R$2,44.
brazil-currency.png
Neste mesmo período, o euro foi de R$2,26 para R$3,26.  Isso significa que o dólar se valorizou 56% perante o real, e o euro, 44%. 
Ou seja, quem hoje recebe salário mínimo — de R$678 — está recebendo US$278, um valor 18% menor que os US$340 de julho de 2011.  E ainda há quem acredite que os progressistas que defendem câmbio desvalorizado são a favor do aumento da renda dos mais pobres...
São três os fatores que determinam as oscilações da taxa de câmbio de uma moeda:
1) O primeiro é a inflação monetária e sua inevitável consequência, que é a inflação de preços. A taxa de câmbio é, no longo prazo, definida pelo poder de compra da moeda. Como o poder de compra do real foi dizimado pela inflação monetária ocorrida do período 2008-2011, é natural que esteja agora havendo esse ajuste na taxa de câmbio.
2) Além da inflação monetária, a taxa de câmbio de curto prazo também é afetada pelo crescimento da economia. Quanto maior o crescimento da economia, maior a demanda por moeda nacional — logo, mais apreciada tende a ser a moeda.  Isso explica a valorização cambial que inevitavelmente ocorre quando o PIB está crescendo.
3) Mas é o terceiro fator que está se sobressaindo atualmente.  Quando uma economia ainda em desenvolvimento — como a brasileira — adota uma taxa de câmbio flutuante, sua moeda estará diariamente sujeita aos humores dos especuladores, dos investidores internacionais e de todos os traders que atuam no mercado financeiro. Se eles perderem a confiança no governo, a taxa de câmbio poderá se desvalorizar acentuadamente, e permanecer assim por um bom tempo. É isso que está acontecendo no Brasil atual: a inflação monetária não está mais crescendo em níveis acentuados, mas a taxa de câmbio segue se desvalorizando por causa da atuação de especuladores, dos investidores internacionais e de todos os traders que já perceberam que as autoridades monetárias e econômicas do Brasil não são muito sérias.[1]
Essa abrupta desvalorização do real perante o dólar alarmou toda a equipe econômica.  Desde maio último, o Banco Central já gastou quase US$ 40 bilhões em leilões de swap cambial, mas o preço do dólar continua em ascensão.  Para piorar, a percepção de que a situação está degringolando cresceu na mesma proporção.  Veja um trecho desta notícia retirada do blog do jornalista Vicente Nunes:

Nenhum dos diretores do Banco Central fala claramente, mas há um desconforto generalizado entre eles com o que consideram traição por parte do restante do governo. Acreditam que a autoridade monetária seguiu à risca tudo o que foi combinado com o Planalto nos últimos três anos, sobretudo a missão de levar a taxa básica de juros (Selic) para o menor patamar da história, de 7,25% ao ano, em outubro de 2012.
A expectativa era de que todo o governo se engajasse nesse processo, especialmente o Ministério da Fazenda, ao fazer um ajuste fiscal consistente, com transparência, sem truques, para mostrar uma saúde que as contas públicas não têm. O que o BC viu foi exatamente o contrário.
De início, porém, os integrantes da diretoria comandada por Alexandre Tombini preferiram o silêncio ante o descompromisso com o ajuste fiscal. Mas, diante da disparada da inflação e do derretimento do que ainda restava de credibilidade em relação à instituição, houve uma rebelião no BC e passou-se a explicitar a contrariedade com a gastança e a maquiagem das contas públicas tanto nas atas do Comitê de Política Monetária (Copom) quanto no Relatório Trimestral de Inflação.
Os diretores também cobraram uma postura mais clara de Tombini em público, pois o risco de as expectativas dos agentes econômicos degringolar era enorme. O presidente do BC passou, então, a ressaltar a importância de um ajuste fiscal consistente para ajudar o Copom a reconstruir a confiança que o país tanto precisa para retomar o crescimento consistente.
Os diretores do BC sabem que não será uma tarefa fácil, especialmente porque o maior símbolo da desconfiança, o maquiador da Esplanada, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, permanece firme e forte no cargo, simplesmente porque é amigo da presidente Dilma Rousseff.
Tombini sentiu na pele o quanto a sua credibilidade e a de toda a diretoria do BC está no chão. Na semana passada, ele se reuniu, a portas fechadas, em São Paulo, com mais de uma centena de empresários e tomou uma sova. Começou com um discurso positivo, de que tudo está bem, que a inflação está sob controle (mesmo tendo ficado acima de 6% ao longo deste ano, no acumulado de 12 meses), mas acabou sendo atropelado por uma onda de críticas em relação ao governo. Muitos presentes no encontro foram claros ao afirmar que não vão retomar os investimentos produtivos até o fim das eleições de 2014. Tombini deixou o local quase mudo.
O Banco Central, como esperado, soltou uma nota negando a veracidade destas informações, o que significa que elas de fato são verdadeiras.
O que fazer
Durante toda a expansão do crédito anterior, os indivíduos intensificaram seu endividamento para poder consumir, na crença de que a expansão do crédito continuaria farta e que sua renda futura continuaria aumentando, o que facilitaria a quitação destas dívidas.  Já as empresas embarcaram em investimentos de longo prazo estimuladas tanto pela expansão monetária coordenada pelo Banco Central (o que fez com que os investimentos se tornassem mais financeiramente viáveis) quanto pela expectativa de que o aumento futuro da renda possibilitaria o consumo dos produtos criados pelos seus investimentos.
Este arranjo, no entanto, já foi revertido.  A renda nominal se estagnou, mas os preços continuam em ascensão, em grande parte por causa da desvalorização do câmbio.  É esta combinação entre renda nominal estagnada e preços em ascensão que vem gerando esta sensação real de aperto financeiro nos brasileiros. 
Toda a mecânica deste ciclo econômico da economia brasileira já foi explicada inúmeras vezes neste site, de modo que ela não é o escopo deste artigo (veja aqui, aqui e aqui).  Basta apenas dizer que, quando uma economia entra em uma fase de rearranjo pós-expansão do crédito, é essencial que seus preços possam cair para fazer com que a oferta entre em sintonia com a demanda.  Uma acentuada desvalorização do câmbio vai totalmente contra este propósito.  E, considerando-se que a inflação de preços acumulada em 12 meses está acima de 6%, e que a economia está estagnada, a situação é compreensivelmente ruim.
E é exatamente por isso que é de suma importância ter uma equipe econômica — tanto na Fazenda quanto no Banco Central — que inspire confiança nos investidores estrangeiros, nos traders e nos especuladores.  Havia esta equipe no Banco Central em 2008.  Como consequência, a desvalorização do real perante o dólar foi efêmera. 
Sendo assim, caso a atual equipe do Banco Central não reconquiste a confiança dos investidores, especuladores e traders, o câmbio continuará se desvalorizando e impedindo que a inflação de preços diminua como deveria. Esta contínua desvalorização cambial, geradora de grandes incertezas, continuará fazendo com que a economia permaneça nesta quase-estagflação que estamos vivenciando, com uma crescente redução na renda real das pessoas.
Para resolver este imbróglio, uma medida já testada em vários países emergentes e de resultados imediatos e extremamente eficazes seria a transformação do Banco Central em um Currency Board (veja o que tal sistema realizou na Bulgária).  Dado que o BACEN possui hoje mais de US$370 bilhões em reservas internacionais, adquiridas ao longo de 20 anos, tal valor é mais do que suficiente para a imediata criação de um Currency Board.  Não apenas o câmbio se estabilizaria, como também a confiança dos investidores na economia seria restabelecida.  Adicionalmente, as taxas de juros cairiam, o que traria um extremamente necessário alívio nos gastos do governo com o serviço da dívida. 
Porém, e infelizmente, o apoio a tal medida seria nulo.  Um Currency Board, justamente por retirar do governo o controle sobre a oferta monetária, obriga-o a adotar um orçamento austero, não deixando espaço para gastos com 41 ministérios e secretarias, aumentos para o funcionalismo, e subsídios para artistas, grupos de interesse e movimentos sociais.  Não haveria apoio nenhum.
Sendo assim, uma segunda opção seria copiar descaradamente o estatuto do Bundesbank, adotando todos os seus métodos operacionais (cancelando as operações de mercado aberto e utilizando apenas a janela de redesconto, justamente o inverso de como opera hoje o BACEN).  Seria necessária a aprovação de uma lei que de fato impingisse a obediência desse estatuto.  Funcionou com a Lei de Responsabilidade Fiscal — pelo menos até agora —, então também pode funcionar para o BACEN. 
Adicionalmente, a plena conversibilidade do real deve ser promulgada.  Isso significa que reais poderão ser trocados por moeda estrangeira sem restrições.  Uma moeda plenamente conversível é aquela que pode ser usada para adquirir quaisquer tipos de bens ou serviços estrangeiros, incluindo imóveis, títulos, ações e contas bancárias em outros países.  A promulgação da conversibilidade seria um passo adicional na conquista da confiança dos investidores estrangeiros, podendo inclusive levar a um desdobramento natural: fazer com que moedas estrangeiras passem a ser aceitas como moeda corrente para as transações domésticas (hoje, o governo proíbe).
O problema é que não há hoje nenhum político com a testosterona necessária para criar esses dois projetos de lei.
O fato é que o Banco Central tem de reconquistar a confiança do mercado para que a taxa de câmbio possa cair, o que irá ajudar a conter a inflação de preços e, por conseguinte, ajudar na recuperação dos investimentos e da economia.  A recuperação só virá se os preços caírem, e isso não ocorrerá com o câmbio se desvalorizando em decorrência da falta de confiança.
Nomes como Gustavo Franco para a presidência do BACEN e Pérsio Arida para a Fazenda seriam um bom começo, mas serão inócuos se não vierem acompanhados destas reformas.
Conclusão
Uma moeda sólida, forte e estável é necessária — embora apenas isso não seja suficiente — para a prosperidade econômica.  Os alemães entenderam isso ainda em 1957.  A consequência foi uma estrondosa elevação em seu padrão de vida.  Os brasileiros vivenciaram algo vagamente semelhante a uma moeda forte nos períodos 1994-1998 e 2007-2011.  Embora a alegria tenha durado pouco, este curto período já foi suficiente para melhorar as condições de vida de milhões de brasileiros, especialmente dos mais pobres.
Os grandes economistas sempre enfatizaram a importância de se ter uma moeda forte.  Em 1876, Carl Menger, o fundador da Escola Austríaca, tornou-se o tutor econômico do príncipe-herdeiro da Áustria, Rodolfo de Habsburgo.  Algumas das anotações econômicas de Rodolfo foram publicadas na década de 1990.  Dentre as lições que o príncipe absorveu de Menger, vale observar o seguinte trecho:
Em grande parte, as transações comerciais e todo o comércio internacional, que são os pilares que dão sustentação ao desenvolvimento econômico, dependem de um sistema monetário ordeiro e bem-estabelecido.  Por conseguinte, flutuações na taxa de câmbio e a incerteza que tais flutuações geram em todos os cálculos econômicos irão abalar a prosperidade da economia em suas bases mais fundamentais.  Em toda e qualquer atividade doméstica ou internacional, cidadãos e empreendedores irão encontrar desconfianças e obstáculos por todos os lugares... Sendo assim, é sensato afirmar que uma moeda fraca e instável representa uma deficiência vital para uma nação, pois ela se faz sentir profundamente em todos os aspectos da vida econômica e de seu progresso.
Sim, uma moeda forte é uma bênção para qualquer população.  Ela gera um aumento do poder de compra do trabalhador e, consequente, um aumento em seu padrão de vida.  Uma moeda em constante fortalecimento equivale a um aumento salarial contínuo.  Ela permite acesso barato a uma farta quantia de bens e serviços estrangeiros, aumentando enormemente o padrão de vida de seus usuários.  Trata-se de uma instituição que não deve jamais ser colocada em risco, muito menos em épocas de recessão.  E quem discorda disso que vá ensinar aos suíços e alemães o que eles realmente devem fazer.


[1] É por isso que há grandes economistas que defendem Currency Boards para economias em desenvolvimento. Segundo eles, deixar a moeda de um país ainda em desenvolvimento flutuar de acordo com a percepção que os agentes externos têm em relação à solidez do governo nacional é loucura.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1672 

sábado, 18 de outubro de 2014

Perfil Aluno, Professor e Tutor EAD (produção de aula)




OBS: Caligrafia por "Italo Clay"

Educação a distância vale a pena?

De 2000 para cá, a chamada EAD cresceu 45.000% em números de alunos no país. Muita gente, no entanto, ainda fica de pé atrás com quem tirou diploma de Pedagogia ou Licenciatura nessa modalidade de ensino. Para avaliar se isso é puro preconceito, veja o que é mito e verdade nessa área

Ana Rita Martins e Anderson Moço (novaescola@fvc.org.br)




Para quem mora longe de uma universidade ou não pode ir à aula todos os dias, a Educação a distância (EAD) parece ideal. Por isso, ela tem conquistado tanto espaço. Em 2000, 13 cursos superiores reuniam 1.758 alunos. Em 2008, havia 1.752 cursos de graduação e pós-graduação lato sensu com 786.718 matriculados, segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). A modalidade de ensino usa ambientes virtuais, chats, fóruns e e-mails para unir professores e turmas. Assim, quem é de Ribeirão Cascalheiras, a 900 quilômetros de Cuiabá, por exemplo, pode se formar em Pedagogia pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que mantém um polo na cidade.
As experiências no ensino a distância por aqui começaram no início do século 20, com cursos profissionalizantes por carta, rádio e, mais tarde, pela TV. Só com a internet e a banda larga, eles se tornaram viáveis na graduação e na pós.
Apenas recentemente começamos a apostar na EAD como uma saída para suprir a demanda por formação superior no país. Criada em 2005, a Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a formação inicial de professores da Educação Básica pública, além de formação continuada aos graduados. Por meio de parcerias entre 38 universidades federais, a UAB oferece 92 opções de extensão, graduação e pós-graduação.
Poucos formados e falta de fiscalização preocupam
Estudo de 2007 capitaneado por Dilvo Ristoff, então diretor do Departamento de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), comparou os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade/2006) nas modalidades presencial e a distância. Das 13 áreas em que o confronto foi possível, os de EAD se saíram melhor em sete: Pedagogia, Biologia, Física, Matemática e Ciências Sociais, além de Administração e Turismo. Isso mostra que o fato de as aulas serem a distancia não significa que elas sejam de pior qualidade.
No entanto, é forte a desconfiança no mercado de trabalho em relação aos egressos dessa modalidade. Isso, em parte, por haver poucos diplomados. Dados do Inep revelam que, enquanto a graduação presencial formou 736.829 profissionais em 2006, o ensino a distância contabilizou apenas 25.804. Esse contingente ainda é pequeno para que as redes avaliem a competência deles.
Além disso, especialistas apontam graves problemas na forma como a EAD tem sido conduzida no país. No estudo Professores do Brasil: Impasses e Desafios, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a coordenadora Bernardete Gatti, da Fundação Carlos Chagas (FCC), relata que o governo federal ainda não dispõe de aparato suficiente para acompanhar, supervisionar e fiscalizar os cursos, fato que comprometeria sua qualidade. Outro ponto frágil da política governamental, segundo o trabalho, seria a pouca verba destinada aos tutores (que acompanham a aprendizagem dos grupos), feito por meio de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o que tornaria a qualificação dos profissionais precária.
Para não entrar em uma arapuca, o importante é avaliar as opções antes de se decidir. O documento Referências de Qualidades para a Educação Superior a Distância, elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), indica o que você tem direito de saber antes de se matricular:
- Métodos de ensino da universidade
- Tecnologias usadas
- O tipo de material didático usado
- Os tipos de interação disponíveis
- Quanto tempo leva para o tutor responder às dúvidas.
Outra medida importante é verificar se a instituição está credenciada, se é reconhecida e se já foi fiscalizada. Para isso, basta pesquisar no site siead.mec.gov.br, que traz as instituições que oferecem graduação e pós lato sensu a distância.
Tão importante quanto essas medidas é analisar se o modelo preenche suas necessidades e se é adequado ao seu perfil (faça o teste para saber se você tem o perfil do aluno a distância). Muito se diz sobre a EAD, mas nem tudo pode ser levado a sério. Para ajudar você a conhecer melhor essa modalidade, selecionamos as 16 afirmações mais comuns sobre ela e, com base em estudos, estatísticas e opiniões de renomados especialistas, esclarecemos o que é mito e o que é verdade.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/vale-pena-entrar-nessa-educacao-distancia-diploma-prova-emprego-rotina-aluno-teleconferencia-chat-510862.shtml

Teste: você tem o perfil do aluno da Educação a distância?

Tecnologia x Vida...


Bom mesmo era antigamente...

Afinal, o que tinha de bom antigamente? Menos recursos? Falta de energia elétrica? Ausência de vacinas?



Para os "ativistas da nostalgia", a ideia de que o mundo está cada vez pior, é algo quase inquestionável.


Mas a verdade é que no mundo, só o que verdadeiramente mudou foram os recursos, que antes eram escassos e hoje são abundantes. Onde é que isso pode ser algo negativo? 

"Mas eu não tenho tempo!" Muitos dizem... mas isto é culpa do mundo atual, da tecnologia? Não simplesmente falta de organização?

O evolucionismo diz que sobrevivem os mais aptos... bem, vivemos um tempo de adaptação. Pois o mundo está conectado, e NÃO HÁ COMO VOCÊ ESCAPAR DISSO.


Sim, o mundo mudou, mas esse não é o real problema, a questão está na dificuldade geral que temos com a adaptação, em "vibrarmos no mesmo ritmo" das novas dinâmicas, sinergias... temos que entrar na "Vibe"!



Entenda, a tecnologia não muda sua vida... se você não quiser. Mas mudará a vida das pessoas ao seu redor, o que pode complicar muito, conforme sua resistência.


Se você quer mais tempo, isso só depende de você. "Menos é mais", elimine o que não é essencial, se reorganize, se "conecte".



As tecnologias são ferramentas, a vida ainda é sua, você define para onde irá, como irá, porém agora a jornada pode ser muito mais rápida, fácil e segura. É isso que a tecnologia lhe proporcionará... se você souber aproveitar os benefícios, aprender a se beneficiar nos novos e maravilhosos recursos, que surgem diariamente.



É o homem revindicando seu direito de divindade, remodelando o mundo ao seu redor, "a sua imagem", ao seu desejo. Se a modernização degradou a natureza, somente ela poderá nos "salvar" agora que o estrago já foi feito (novas fontes de energia, combustível, reaproveitamento, reinvenção, etc.).

O maior desafio do professor de tecnologia (meu caso), certamente é fazer com que seus "aprendizes" façam esta "transição", de pararem de ver os recursos tecnológicos como ameaças, como obstáculos, como algo que causa medo, repugna, agonia, "dor" (se não física, ao menos psicológica), e passarem a aproveitar os benefícios que lhe podem proporcionar, a vejam como ela realmente é, uma aliada, uma "amiga", uma ferramenta auxiliar, para facilitar, ajudar, "curar", elevar o nível, qualidade e duração da vida humana.

O "foco" continua sendo o ser humano e seus dramas cotidianos, a humanidade continua sendo a mesma, a unica diferença é que agora temos "brinquedos" novos... DIVIRTA-SE!

C

Seleção: ferramentas para criar suas próprias histórias em quadrinhos

Seleção: ferramentas para criar suas próprias histórias em quadrinhos

0COMENTÁRIOS
 81.524
Visualizações

Não importa se você é fã Marvel, DC Comics ou do Tio Patinhas, o que interessa é que você certamente já pensou em criar uma história em quadrinhos. Porém, se você não sabe desenhar nem mesmo bonecos de palito e seu nome não é Stan Lee, então é preciso mais esforço do que se imagina.
Mas os tempos são outros. Atualmente, existem vários programas feitos especificamente para você criar histórias em quadrinhos, sem que seja preciso sujar as mãos de grafite ou passar horas na frente da prancheta.
Selecionamos aqui algumas opções legais para você fazer suas histórias, Todas as opções são online e gratuitas (em alguns casos, você pode adquirir pacotes com mais personagens, opcional).
O Create Your Own Comic é feito para quem adora os personagens do universo Marvel, como Wolverine, Homem de Ferro ou o Quarteto Fantástico. Os desenhos seguem uma linha mais caricata dos personagens, quase como que se fossem versões infantis. Inspirados na linha de bonecos Marvel Super Hero Squad, você pode criar histórias e depois transformar tudo em PDF, para compartilhar.
Crie sua história de super-heróis da Marvel
Assim como o Create Your Own Comic, este site também segue a linha clássica dos personagens das tirinhas de heróis. Basta selecionar os personagens, cenários e começar a contar o que estiver na cabeça. Ele é um pouco mais limitado do que o anterior, porém ainda traz boas opções de diversão.
Porque super-heróis nunca são demais
Assim como outros programas, o Comic Creator permite que você use a imaginação para criar as mais diversas tirinhas. Porém, ele conta com a vantagem de não necessitar de nenhum cadastro para começar os trabalhos. Basta acessar o site e já iniciar o processo.
Sem cadastro para você
Mais elaborados do que algumas das opções apresentadas, o ToonDoo traz diversas opções de criação, através de uma interface colorida e simples de usar. Você pode mudar não apenas os personagens, mas também cenários, como se estivesse criando um painel de colagens. Depois, é só salvar na conta do ToonDoo ou compartilhar, divulgando em diversos sites.
Mais elaborado que outros
Esta ferramenta é feita para quem gosta dos personagens da Turma da Mônica, especificamente. Com ela, você pode desenvolver qualquer história com os aspectos das já conhecidas tirinhas de Maurício de Souza, apenas cadastrando-se no site.
Escolha as opções para criar histórias da turminha
O diferencial do Bitstrips é a possibilidade de criar não apenas histórias com personagens diferenciados, mas também fazer com que ele se pareça com você ou com seus amigos. Isso porque a ferramenta permite que você caracterize cor de pele, formato de olhos, cor dos cabelos e muito mais.
Crie caricaturas de amigos
Voltado para o público mais jovem, o Pikikids permite que você utilize, em vez de desenhos criados pelo próprio site, as fotos disponíveis em seu computador. Uma ótima opção para zoar com os amigos, criar histórias divertidas das férias, usar imagens de animais de estimação e muito mais.
Use as imagens do computador
Pikistrips

Se você quer usar suas imagens, porém de uma forma diferente, o Pikistrips também é uma ótima opção. Ele transforma as imagens em desenhos, estilizando-as no estilo animado para você inserir os diálogos. As melhores ficam na capa do site, para todo mundo conferir.
Estilize suas imagens
Se você procura uma opção mais, digamos, completa, o Creaza vai agradar. Ele traz várias opções de cenários, balões de fala, personagens e muito mais. O diferencial, no entanto, fica por conta de que cada história segue um estilo de desenho diferente.  Você pode montar  HQs no estilo de mangá, de quadrinhos clássicos ou até mesmo no estilo de colagem.
Vários estilos para criar
Para criações rápidas, o Stripcreator é uma opção que certamente vai divertir você. Os personagens e planos de fundo são divididos em diferentes categorias, o que deixa o acesso mais rápido. Para relembrar as tirinhas clássicas, você pode inserir a caixa superior amarela na tela, situando o leitor sobre o local ou qualquer outro comentário pertinente que não seja mostrado nos balões.
Cores fortes para destacar sua história
Para completar a seleção, você pode ainda usar o ComicBrush. Ele segue os mesmos moldes dos antecessores, porém traz desenhos de alta qualidade, estilizados como cartoons. Você recebe moedas para comprar coisas que vai usar em sua história, o que deixa as opções ainda maiores. Você pode compartilhar o conteúdo pelo Facebook ou por email.
Personagens de alta qualidade de outras opções legais

Para quem gosta de desenhar

Se todas as opções não são exatamente aquilo que você procura, é possível também encontrar programas que deixam você desenhar à mão livre, como o Mai N’ada ou o Pencil. Se você é um pouco mais experiente, essas são boas opções para criar seus próprios personagens.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Video Nova Metodologia Rede Senac EAD Técnicos

Rede Senac EAD

Tendências para universidades do Brasil

Tendências para universidades do Brasil

Novo estudo do NMC mostra o que especialistas acreditam que será realidade no ensino superior brasileiro
O mais novo relatório do NMC (The New Media Consortium), lançado ontem, é dedicado a estudar o ensino superior brasileiro e aponta as principais tendências e tecnologias emergentes que vão fazer parte da rotina universitária ao longo dos próximos cinco anos. Para levantar estas informações, 41 especialistas foram convidados a considerar centenas de artigos relevantes, notícias, publicações de blogs, pesquisas e exemplos de projetos para compilar o Panorama Tecnológico para as Universidades Brasileiras. É a primeira vez que o NMC produz um estudo voltado exclusivamente ao cenário brasileiro, dando sequência ao relatório sobre as tendências no ensino superior da América Latina e no mundo.
No total, nove tendências foram apontadas. No curto prazo, entre os próximos um a dois anos, espera-se que o aprendizado on-line se popularize e seja, cada vez mais, visto como uma alternativa viável para algumas formas de ensino presencial. A justificativa para esse modelo se popularizar, segundo o relatório, é a possibilidade que oferece de flexibilizar, facilitar oacesso e oferecer uma maior integração de recursos tecnológicos com os conteúdos pedagógicos.
crédito Zdenek Kintr / Fotolia.comAs tendências para universidades do Brasil em 5 anos

Conjuntamente, modelos de ensino híbrido Glossário compartilhado de termos de inovação em educação também devem ganhar força, pois possibilitam o equilíbrio entre os ambientes presenciais e virtuais e permitem que o aluno tire o melhor proveito de cada um deles. E, como consequência da proliferação de aprendizagens on-line e híbridas, o papel do professor é impactado. Ele passa a assumir a postura de mentor, ou instrutor, promovendo o desenvolvimento independente e ativo dos estudantes.
A médio prazo, entre três e cinco anos, os especialistas apostam no potencial do movimento de open source, na produção massiva de recursos educacionais on-line e no crescimento de empreendedores e startups de educação. Também estão incluídos aqui palestras TED, Wikipedia, Khan Academy e MOOCsGlossário compartilhado de termos de inovação em educação por exemplo. No mesmo período, é apontado o crescente uso das redes sociais como meio para compartilhar notícias sobre conteúdos acadêmicos e desenvolvimentos científicos. Essa combinação levará a uma mudança de postura dos próprios estudantes, que deixam de ser simplesmente consumidores de conteúdos e passam a ser criadores. Assim, a expectativa é que os cursos de graduação invistam cada vez mais em espaços maker para estimular essa criação e criatividade, em design e em empreendedorismo.
Para daqui a cinco anos ou mais, os especialistas preveem uma mudança na abordagem pedagógica, priorizando modelos mais ágeis que sejam mais adaptáveis a mudanças e que consigam as incorporar. As pesquisas acadêmicas também se transformarão, ao fazerem maior uso de bancos de dados, aplicações geoespaciais e ferramentas de código aberto, e vão poder combinar métodos tradicionais de publicações com recursos mais dinâmicos e interativos, o que permitirá que os dados pesquisados sejam manipulados em tempo real.
Também é esperado que daqui a cinco anos os computadores pessoais sejam reinventados, ficando menores, mais leves e mais conectados, assim como o uso de tecnologias de computação e armazenamento em nuvem também se popularizará.
Dentre as tecnologias destacadas pelo estudo, as primeiras que devem entrar no circuito acadêmico são: aprendizado on-line, sala de aula invertida,games e gamificação e aplicativos móveis.
Para daqui a dois a três anos, destacam-se: análise da aprendizagem (ou learning analytics, em inglês), aprendizado móvel, conteúdo aberto e laboratórios remotos e virtuais. Em um prazo de quatro a cinco anos, realidade aumentada, internet das coisas, inteligência de localização e assistentes virtuais, estarão presentes nas salas de aula das universidades brasileiras.
Confira no infográfico a seguir as nove tendências e as 12 tecnologias trazidas no documento.