quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Pitágoras - O Legado

Pitágoras - O Legado

Série: O legado de Pitágoras

Sinopse
Os episódio apresentam as descobertas e a vida do famoso matemático grego.


1º Episódio: Os triângulos de Samos

Para asssitir:YouTube

Duração: 41min 27s
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2º Episódio: Pitágoras e outros

Para asssitir:YouTube

Duração: 40min 38s
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3º Episódio: Desafiando Pitágoras

Para asssitir:YouTube

Duração: 46min 15s
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Dicas pedagógicas:TV Escola – Sala do Professor

FONTE: http://cineaprendizagem.blogspot.com.br/ 

Paulo Freire Contemporâneo - Documentário

sábado, 23 de agosto de 2014

7 Dicas para dar aulas melhores


7 Dicas para dar aulas melhores

Júlio Clebsch
1 - Incite, não informe
Uma boa aula não termina em silêncio, ou com os alunos olhando para o relógio. Ela termina com ação concreta. Antes de preparar cada aula, pergunte-se o que você quer que seus alunos aprendam e façam e como você os convence disso?
Olhe em volta, descubra o que pessoas, nas mais diferentes profissões, fazem para conseguir a atenção dos outros. Por exemplo, ao fazer um resumo de uma matéria, não coloque um "título"; imagine-se um repórter e coloque uma manchete. Como aquela matéria seria colocada em um jornal ou revista? Use o espírito das manchetes, não seja literal, nem tente ser um professor do tipo:
Folha: Números Primos encontrados no congresso. 68% dos outros algarismos são contra.
IstoÉ: Denúncia: A conta secreta de Maurício de Nassau. Fernando Henrique poderia estar envolvido, se já fosse nascido.
Zero Hora: O Mar Morto não fica no Rio Grande do Sul. Apesar disso, você precisa conhecê-lo.
Caras: Ferro diz que relacionamento com oxigênio está corroído: "Gás Nobre coisa nenhuma".
2 - Conheça o ambiente
Você nunca vai conseguir a atenção de uma sala sem a conhecer. Onde moram os alunos e como eles vivem - quem vem de um bairro humilde de periferia não tem nada a ver com um morador de condomínio fechado, apesar de, geograficamente, serem vizinhos. Quais informações eles tiveram em classes anteriores, quais seus interesses. Mesmo nas primeiras séries cada pessoa tem suas preferências e o grupo assume determinada personalidade.
3 - No final das contas (e no começo também)
As partes mais importantes de uma aula são os primeiros 30 e os últimos 15 segundos. Todo o resto, infelizmente, pode ser esquecido se você cometer um erro nesses momentos.
Os primeiros 30 segundos (principalmente das primeiras aulas do ano ou semestre) são um festival de conceituação e de cálculo dos discentes. Mesmo inconscientemente, eles respondem às seguintes questões:
  • Quem é esse professor? Qual seu estilo? 
  • O que posso esperar dessa aula hoje e durante todo o ano? 
  • Quanto da minha atenção eu vou dedicar? 
E isso, muitas vezes, sem que você tenha aberto a boca.
4 - Simplifique
Você certamente já presenciou esse fenômeno em algumas palestras: elas acabam meia hora antes do final. Ou seja, o apresentador fala o que tinha que falar, e passa o resto do tempo enrolando. Ou então, pior, gasta metade da apresentação com piadas, truques de mágica, histórias pessoais que levam às lágrimas, "compre meu livro" e aparentados, e o assunto, em si, é só apresentado no final - se isso.
Por isso, uma das regras de ouro de uma boa aula é - simplifique, tanto na linguagem como na escrita. Caso real: reunião de condomínio na praia, uma senhora reclamava que sua TV não funcionava direito.
Explicaram-lhe que era necessário sintonizar em UHF. Ela então perguntou para quê a diferença entre UHF e VHF. Um vizinho prestativo passou a discorrer sobre diferenças na recepção, como uma transmissão poderia interferir na outra, nas características geográficas... Ela continuava com aquela cara de quem não entendia nada. Até que um garoto resumiu a questão em cinco letras:
"AM e FM." 
"Ahhh, entendi."

Escrever e falar da maneira mais simples possível não significa suavizar a matéria ou deixar de mencionar conceitos potencialmente "espinhosos". Use e abuse de exemplos e analogias. Divida a informação em blocos curtos, para que seja melhor assimilada.
5 - Ponha emoção
Certo, você tem PhD naquela área, pesquisou o assunto por meses a fio, foi convidado para dar aulas em faculdades européias. Mesmo assim, seus alunos podem não prestar atenção em você. Segundo estudos, o impacto de uma aula é feito de:
  • 55% estímulos visuais - como você se apresenta, anda e gesticula; 
  • 38% estímulos vocais - como você fala, sua entonação e timbre; 
  • e apenas 7% de conteúdo verbal - o assunto sobre o qual você fala. 
Apoiar-se somente na matéria é uma forma garantida de falar para a parede, já que grande parte dos alunos estará prestando atenção em outra coisa. Treine seus gestos, conte histórias, movimente-se com naturalidade. Passe sua mensagem de forma intererssante.
Para o bem e para o mal, você dá aula para a geração videoclipe. Pessoas que foram criadas em frente aos mais criativos comerciais, em que videogames mostram realidades fantásticas. Entretanto, a tecnologia deve ser encarada como aliada, e não inimiga - apresentações multimídia, aparelhos de som, videocassetes - tudo isso pode ser usado como apoio à sua aula.
6 - A pedra no sapato
Pode ser a bagunça da turma do fundão. No ensino médio e superior, pode ser aquele aluno que duvida de tudo o que você diz pelo simples prazer de duvidar. Ou pode até ser um livro esquecido, ou computador que resolve não funcionar.
De qualquer maneira, grande parte do sucesso de sua aula depende de como você lida com esses inesperados. Responda a uma pergunta de maneira rude ou desinteressada, e você perderá qualquer simpatia que a classe poderia ter por você. Seja educado e solícito - a pior coisa que pode acontecer a um professor é perder a calma.
A razão é cultural e muito simples: tendemos sempre a torcer pelo mais fraco. Neste caso, seu aluno. A classe inteira tomará partido dele, não importa quem tenha a razão.
Se um discípulo fizer um comentário rude, repita o que ele disse e fique em silêncio por alguns instantes - são grandes as chances de ele se arrepender e pedir desculpas. Se for preciso, diga algo como "Estou pensando no que você disse. Podemos falar sobre isso após a aula?" Outra forma de se lidar com a situação é responder a questão na hora, ponderadamente - e para toda a classe, não apenas para quem perguntou. Termine sua exposição fazendo contato visual com outro aluno qualquer, por duas razões - a expressão dele vai lhe dizer o que a turma inteira achou do que você disse, ao mesmo tempo que desistimula outras participações inoportunas do aluno que o interrogou.
Não transforme sua aula em um debate entre você e um aluno - há pelo menos mais 20 e tantas pessoas presentes que merecem sua atenção.
7 - Pratique
Sua aula, como qualquer outra ação, melhora com o treino. Muitos professores se inteiram da matéria, e só treinam a aula uma vez - exatamente quando ela é dada, na frente dos alunos. Não é de se admirar que aconteçam tantos problemas com o ritmo - alguns tópicos são apresentados de maneira arrastada, outras vezes o professor termina o que tem a dizer 20 minutos antes do final da aula. Sem falar nos finais de semestre em que se "corre" com a matéria.
Só há uma maneira de evitar tais desastres. Treine antes. Dê uma aula em casa para seu cônjuge/filhos ou, na falta desses, para o espelho. Não use animais de estimação, são péssimos alunos - seu cachorro gosta de tudo o que você faz e os gatos têm suas próprias prioridades, indecifráveis para as outras espécies. E o que se busca com o treino é,principalmente, uma crítica construtiva.
Fonte: www.profissaomestre.com.br, no canal EM FOCO
PS. Agradecimento especial a minha pedagoga Caila Lanfredi, pelo compartilhamento do texto =D

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Imprestável antes das 10 da manhã? Você pode ser uma “pessoa B”

Imprestável antes das 10 da manhã? Você pode ser uma “pessoa B”



Você gosta de manhãs calmas e de noites agitadas? Acha que a vida é curta demais para perder tempo em congestionamentos? É mais produtivo depois das 10 da manhã? Se você respondeu sim a essas questões, muito provavelmente você é uma “pessoa B”. E o que isso quer dizer?

Cada um tem um relógio biológico diferente e, enquanto que alguns gostam de acordar cedo e conseguem trabalhar direito às 7:30 da manhã, outros se sentem melhores e mais produtivos à noite. No entanto, a sociedade é injusta e o mercado só fica aberto até as 22h, os chefes não oferecem turnos diferenciados e a escola começa às 7:15 da manhã.

Tentando consertar essa injustiça, foi criada a chamada “Sociedade B”, um mundo em que é possível trabalhar, estudar, ir ao cinema e pagar contas em um horário alternativo. Se o organismo de algumas pessoas é feito para a noite, por que obrigá-las a acordar cedo e estar na cama antes das 23h, tornando suas vidas um verdadeiro inferno?

A vida começa depois das 10h

Na Suécia, a primeira instituição a reconhecer a legitimidade da “Sociedade B” foi uma escola de segundo grau, que passou a oferecer a opção de turnos entre as 20h e as 8h. Afinal, um aluno que chega atrasado todos os dias nem sempre é preguiçoso, ele pode ser apenas uma “pessoa B”.

O manifesto da “Sociedade B” garante que trocas de horário na escola ou no trabalho podem aumentar a produtividade da pessoa e deixá-la mais feliz. Se você é imprestável no escritório até as 10 da manhã, por que seu chefe não permite que você faça um horário diferenciado, começando às 10:30 ou 11 horas?

Adotar horários diferenciados também acabaria com o que hoje conhecemos como “hora de pico”. Haveria menos congestionamento, menos filas e mais alegria.


A “Sociedade B” começou na Dinamarca, onde escolas e escritórios já estão se acostumando com as pessoas que acordam um pouco mais tarde, mas que rendem até tarde da noite. A ideia é que iniciativas assim surjam na Finlândia, na Noruega e até mesmo na Inglaterra ainda este ano.

Não precisar acordar cedo e poder viver até a madrugada não é uma má ideia! Gostou do movimento?

(Fonte: zoinc.com.br)


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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Maiêutica Socrática


A Maiêutica Socrática tem como significado "Dar a luz (Parto)" intelectual, da procura da verdade no interior do ser humano.Sócrates conduzia este parto em dois momentos: No primeiro, ele levava os seus discípulos ou interlocutores a duvidar de seu próprio conhecimento a respeito de um determinado assunto; no segundo, Sócrates os levava a conceber, de si mesmos, uma nova ideia, uma nova opinião sobre o assunto em questão. Por meio de questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a Maiêutica dá à luz ideias complexas. A maiêutica baseia-se na ideia de que o conhecimento é latente na mente de todo ser humano, podendo ser encontrado pelas respostas a perguntas propostas de forma perspicaz.

A auto-reflexão, expressa no nosce te ipsum - "conhece-te a ti mesmo" - põe o Homem na procura das verdades universais que são o caminho para a prática do bem e da virtude.

A Maiêutica, criada por Sócrates no século IV a.C., tem seu nome inspirado na profissão de sua mãe, Fanerete, que era parteira. Sócrates esclarece isso no famoso diálogo Teeteto.

sábado, 9 de agosto de 2014

PPT 1 - Aprendendo para mudar, mudando para aprender.avi

Steve Jobs - Segredos da Vida (Legendado)

Documentário I AM - Você tem o Poder de Mudar o mundo.

Retargeting: esse recurso é mesmo eficiente?

Retargeting: esse recurso é mesmo eficiente?

TERÇA-FEIRA, 09 DE JULHO DE 2013 3 COMENTÁRIOS
De algum tempo pra cá o Retargeting começou a ganhar muita visibilidade entre as empresas que geram negócios através da Internet. E à primeira vista essa técnica parece mesmo impressionar qualquer um, afinal de contas qual empresa não gostaria que as pessoas visualizassem anúncios de seus produtos e serviços enquanto navegam na internet, independente do site, blog ou portal que estejam?
Pra quem ainda não sabe muito bem o que é essa técnica, vou resumir: O Retargeting é uma forma de publicidade online que permite às empresas segmentar e exibir de maneira pessoal suas campanhas ou produtos de forma que os anúncios sejam mostrados apenas às pessoas que já interagiram de alguma forma com eles. Ou seja: você entra em uma loja virtual, acessa um produto ou mais produtos dessa loja e pronto. À partir daí, sempre que estiver navegando na internet e acessar algum site que exiba publicidade compatível, esses produtos acessados anteriormente serão exibidos, como se fossem escolhidos a dedo, mas nada mais são do que um histórico da navegação transformado em publicidade.
Esse recurso tem feito muito sucesso, principalmente quando o comparamos à forma tradicional de publicidade on-line, feita de maneira genérica (independente do usuário ter visitado o site da empresa ou não). A taxa de cliques quando se utiliza banners comuns é de 0.07%, enquanto no Retargeting é 10 vezes maior, na média de 0.7%. De olho nesses números a gente fica tentado a investir, mas depois que seu uso começou a ser feito em larga escala por milhares de empresas e os usuários se familiarizaram com as publicidades personalizadas, algumas pesquisas foram realizadas e trouxeram resultados interessantes (e surpreendentes para muita gente).
De acordo com uma pesquisa realizada pela Adobe nos EUA, 74% das pessoas afirmaram se incomodar com o fato de se sentirem “seguidas” pelas empresas, baseado em seus comportamentos e que elas não gostam de serem lembradas a força dos lugares que navegaram pela internet. E isso fica pior: grande parte da maioria dessas pessoas consideram que a publicidade via Retargeting passa da linha da customização e entra na invasão de privacidade. Complicado, não?
Na minha opinião as empresas devem continuar utilizando Retargeting em suas estratégias on-line, pois essa técnica é muito importante e eficaz, porém com um pouco menos de customização. Elas podem rastrear normalmente o comportamento de seus visitantes (e futuros clientes, quem sabe?), porém em vez de exibir os anúncios com os produtos visitados – o que desperta essa sensação de invasão de privacidade – podem mostrar produtos ou categorias similares, ou simplesmente utilizar anúncios com a marca, sem nenhum tipo de produto. Assim as empresas permanecem seguindo os visitantes, mas os deixam menos desconfortáveis tendo seu comportamento claramente monitorado.
E você, o que pensa a respeito?

Como funciona o remarketing

Como funciona o remarketing

O remarketing pode ajudar você a alcançar pessoas que acessaram seu website anteriormente. Você pode até mesmo exibir para esses visitantes anteriores anúncios personalizados com base nas seções do site que eles acessaram. Seus anúncios podem ser exibidos à medida que eles navegam em outros sites que fazem parte da Rede de Display do Google ou conforme eles pesquisam termos relacionados aos seus produtos no Google.

Adicionar a tag de remarketing ao site
Para começar a usar o remarketing, adicione a tag de remarketing (um pequeno snippet de código que você recebe do Google AdWords) a todas as páginas do seu site. Muitos sites apresentam um único rodapé para todas as páginas, onde você pode colocar sua tag de remarketing para uso em todo o site.

Criar listas de remarketing
Depois de adicionar a tag de remarketing ao site, crie listas de remarketing para qualquer uma das suas páginas da Web. Por exemplo, você pode criar uma lista de remarketing para os visitantes da sua categoria de produtos mais popular. A tag de remarketing informa ao Google AdWords para salvar os visitantes na "Lista da categoria popular". Quando as pessoas acessam essa página, o ID do cookie delas é adicionado à lista de remarketing.

Criar campanhas de remarketing que usam suas listas
Em seguida, crie uma campanha do Google AdWords com uma mensagem específica para ser exibida apenas para as pessoas na sua "Lista da categoria popular" enquanto elas pesquisam no Google ou navegam em outros sites da Rede de Display. Suas mensagens de remarketing não são exibidas para as pessoas que não estão na lista.
Como a tag de remarketing fica em todas as páginas do seu website, você pode desenvolver públicos-alvo mais detalhados. Por exemplo, crie listas não apenas para sua categoria de produtos mais popular, mas também para cada uma das outras categorias de produtos ou seu carrinho de compras.

Exemplo

Pessoas que pesquisam por salto alto acessam sua loja on-line para conferir os tipos de sapato de salto alto disponíveis. Esses compradores podem ser adicionados a uma lista "Sapatos para ocasiões formais" para que vejam anúncios sobre produtos relacionados. Depois, seus anúncios podem ser exibidos para esses compradores enquanto eles navegam em outros websites da Rede de Display do Google.
Ou, se esses compradores estiverem procurando ativamente por sapatos de salto alto, você poderá definir um ajuste de lance para essa lista de remarketing na Pesquisa do Google. Em vez de exibir um anúncio padrão sobre sua loja para esses clientes, você pode mostrar um anúncio que oferece um desconto especial em sapatos de salto alto. Esse anúncio pode incentivá-los a voltar ao website para comprar um par.
Para usar o remarketing na Rede de Display, convém escolher "Apenas na Rede de Display - remarketing" como seu tipo de campanha ao criar sua campanha. As configurações padrão nesse tipo de campanha podem ajudar você a alcançar um desempenho melhor ao manter sua segmentação ampla o suficiente, mas com foco no público-alvo certo.
Para usar listas de remarketing para anúncios da Rede de Pesquisa, convém selecionar "Apenas na Rede de Pesquisa - todos os recursos" como o tipo de campanha. Se você tem uma campanha "Apenas na Rede de Pesquisa - padrão", na "Rede de Pesquisa com exibição em Display" ou nas "Redes de Pesquisa e Display - padrão", não poderá adicionar listas de remarketing a sua campanha.

Seu Madruga - Medley Chaves/Chapolin para guitarra e chapéu.

Você sabe o que é design thinking?

Você sabe o que é design thinking?

Conceito criado por CEO da Ideo propõe caminhos para pensar o produto fora dos modelos tradicionais
Por Marcos Hashimoto*
Divulgação
Muitos de nós somos cobrados no trabalho por desempenhos cada vez mais eficazes e resultados cada vez maiores. A busca por desempenho está aniquilando nossa capacidade de experimentar caminhos diferentes. O medo de não cumprir as metas e não atingir os objetivos nos leva, inexoravelmente, ao caminho mais seguro e confiável dentre os conhecidos e já testados. Tim Brown, CEO da Ideo, ficou famoso em 2009 por compartilhar com o mundo um caminho diferente que tornou a Ideo uma das dez empresas mais inovadoras do mundo. Esse caminho é conhecido como “design thinking”, título do seu livro que vendeu milhares de exemplares em todo o mundo e foi lançado no Brasil pela editora Campus em 2010. 

Como designer, Brown descobriu que um bom desenho nem sempre é suficiente para resolver problemas do produto e que muitas vezes nem o próprio produto resolve o problema do cliente. Estudando melhor os produtos que desenhava a pedido de seus clientes, ele percebeu que sua capacidade criativa poderia ir além do desenho e ajudar a repensar o negócio sob a perspectiva do consumidor final. A essência do conceito de design thinking como uma evolução do tradicional processo de design é colocada nos seguintes tópicos: 

● Insight: Aprender com a vida alheia. Quando nos deparamos com um problema, devemos nos livrar das amarras impostas pelas soluções baseadas na forma tradicional de pensar. Os insights são descobertas que surgem repentinamente depois de um momento de reflexão e contemplação sobre a situação que queremos resolver. O insight é decorrente de muita observação do comportamento das pessoas e da forma como elas lidam com a situação problema, como improvisam, como reduzem o impacto, como contornam de diversas formas as limitações impostas. Para transformar essas observações em insights, é preciso também se colocar na pele do outro e tentar “viver” o mesmo problema. Essa empatia ajuda o design thinker a explorar as perspectivas de quem está “dentro” do problema, suas interações com o ambiente e suas limitações na visualização de caminhos inovadores. 

● Mapa mental: O paradoxo entre o pensamento convergente e divergente. O design thinking é uma jornada por diferentes estados mentais. Nela, é preciso desenvolver o pensamento divergente, um modelo mental de busca de alternativas, caminhos, soluções, respostas, possibilidades que sejam, sempre que possível, criativas, lógicas, estruturadas, estranhas, factíveis, duvidosas, de todo tipo, para então explorar o pensamento convergente, no qual se usam critérios práticos para decidir entre as alternativas, comparando-as umas com as outras e testando algumas delas. Os modelos mentais são muito diferentes, e o maior desafio é considerar os dois lados do cérebro para pensar, ora de forma analítica, ora de forma sintética. 

● Prototipagem: Construindo para pensar. Um protótipo é uma versão física de um produto antes de ser fabricado. Ao fazer um protótipo, estamos pensando com as mãos, explorando fisicamente o abstrato, abrindo a mente para novas possibilidades e comparando pontos de vistas diferentes. Muitas coisas surgem a partir de um protótipo, mas não apareceriam numa versão em duas dimensões, no papel. O protótipo pode ser algo malfeito, barato, terminado rapidamente e até improvisado – o que importa é a sua capacidade de aprimorar uma ideia. Coisas intangíveis podem ser prototipadas também. O storytelling da indústria cinematográfica, as experiências simuladas nos ramos de serviços ou as maquetes de projeções do futuro para o desenvolvimento de estratégias organizacionais são bons exemplos. 

● Pensamento integrativo: Tirando a ordem do meio do caos. É uma habilidade típica de pessoas que exploram ideias opostas para construir uma nova solução, ao contrário da maioria, que só leva em consideração um modelo por vez. Os pensadores integradores sabem como ampliar o escopo das questões relevantes ao problema e resistem à lógica do “isso ou aquilo” para favorecer a lógica do “isso E aquilo” e veem relações não lineares e multidirecionais como uma fonte de inspiração, não de contradição. Quem se destaca como “pensador integrativo” recebe a desordem de braços abertos, admite bem a existência da complexidade, pois consegue identificar padrões no meio da complexidade e sintetiza novas ideias a partir de fragmentos. Para isso, ele às vezes dá alguns passos atrás para conseguir ver o todo de forma contemplativa, na esperança de que seu cérebro identifique algo que se sobressaia diante da complexidade e do excesso de variáveis que compõe esse todo. 

● Pensamento visual: A ciência do guardanapo. Algumas pessoas só conseguem se expressar ou entender a partir de desenhos, gráficos, imagens ou qualquer representação visual que vá além de palavras e números. Muitas grandes ideias de hoje começaram com um esboço de um modelo em um guardanapo de papel numa conversa entre duas pessoas, regada a cerveja ou vinho. Nem é preciso saber desenhar, o importante é conceber uma imagem mental da ideia. É como se fosse uma etapa anterior à do protótipo, só que em duas dimensões apenas. 

Através desse conceito e das ferramentas associadas a ele, a Ideo vem ajudando empresas a encontrar soluções para negócios, como formas de aumentar a retenção de clientes, proporcionar experiências inesquecíveis ao saborear um prato ou minimizar o risco de uma excessiva exposição de imagem corporativa. Sempre são situações e desafios que exigem que a solução vá além do óbvio e, de certa forma, surpreenda a ponto de transformar algo extremamente negativo em algo extremamente positivo. Para isso, a Ideo reúne toda a sua capacidade criativa, antes usada para desenhar novos produtos, para agora desenhar novas soluções de negócios, entre elas a forma como esses produtos são usados ou que valor representam. 

* Marcos Hashimoto é professor de empreendedorismo da ESPM, consultor e palestrante (www.marcoshashimoto.com)